Encantos da Alma (20/11/2011)
Destaques:
1.ª Hora: Värttinä (Finlândia)
“O grupo finlandês Värttinä, cujo nome significa fuso, foi criado em 1983 pelas irmãs Sari e Mari Kaasinen e teve, ao longo dos anos, variadíssimas formações. Cantoras entraram e saíram, abriram-se as portas aos homens e chegaram a incluir um coro de 21 crianças. A partir de 2009, as Värttinä passaram a enquadrar seis elementos, as vocalistas Susan Aho, Johanna Virtanen e Mari Kaasinen (que continua a liderar o grupo) e os instrumentistas Lassi Logren, Hannu Rantanen e Toni Porthen.
Consideradas as melhores vozes femininas da folk escandinava, as Värttinä têm mostrado, desde 1987, uma visão contemporânea da tradição vocal e da poesia popular da Carélia, uma região isolada na fronteira entre a Finlândia e a Rússia. Tensas, por vezes ferozes, mas sempre harmónica e timbricamente muito belas, as vozes das Värttinä constituem um bálsamo para os ouvidos.
Sem contar com as compilações e registos ao vivo, as Värttinä têm 10 discos em estúdio: “The First Album” (1987), “Musta Lindu” (1989), “Oi Dai” (1991), “Seleniko” (1992), “Aitara” (1994), “Kokko” (1996), “Vihma” (1998), “Ilmatar” (2000), “iki” (2003) e “Miero” (2006). A última edição da banda, a compilação intitulada simplesmente “25”, data já de 2007 e comemora os seus 25 anos de carreira”.
(04) Sulhassii (2:55) “Seleniko”
(02) Mie oon musta (2:17) “Oi Dai”
(11) Emoni ennen (2:58) “Kokko”
(12) Eerama (1:59) “Miero”
(05) Matalii ja mustii (2:57) “Seleniko”
(05) Miinan laulu (3:13) “Oi Dai”
(08) Outona omilla mailla (3:27) “Aitara”
2ª Hora: Nectarios Karantzis & Savina Yannatou (Grécia)
“A Odisseia de Homero é um dos dois principais poemas épicos da Grécia Antiga, tendo sido escrita provavelmente no fim do século VIII a.C., na Jónia (região da costa da Ásia Menor, então controlada pelos gregos, e atualmente parte da Turquia). Como é sabido, o poema relata o regresso à sua terra natal, Ítaca, do herói da Guerra de Tróia, Odisseu (ou Ulisses, como era conhecido na mitologia romana).
Em parte, uma sequência da Ilíada, do mesmo autor, a Odisseia é, historicamente, a segunda mais antiga obra existente da literatura ocidental - sendo a primeira a própria Ilíada - e constitui um poema fundamental para os cânones ocidentais modernos. Abrangendo 12.110 versos, foi escrita num dialeto poético, que não pertence a qualquer região definida. A linguagem homérica combina locais e tempos num idioma à parte, feito para a epopeia. Nunca foi falada, a não ser pelos poetas.
A comissão do Município de Ítaca para a criação de música a partir de extratos do antigo texto de Homero começou por colocar várias reservas, nomeadamente quanto ao estilo, à forma, à escolha do material e ao seu desenvolvimento, bem como à adequação de um marco da literatura mundial à música especificamente “helénica”. Ainda assim, os gregos Nectarios Karantzis & Savina Yannatou encetaram a difícil tarefa de musicar a obra-prima de Homero, daí resultando o registo “Omirou Odysseia” (2011 Lyra). Sem preocupações etnomusicológicas, optaram por adequar a música a características gregas, nomeadamente à austeridade e à harmonia da arquitetura dórica, dispensando, no entanto, os ornamentos e o profundo poder expressivo da música folk grega. O resultado é o que vamos ouvir de seguida.”
(10) Perifron Pinelopeia (Nectarios Karantzis) (4:40)
(06) O Kirki (Savina Yannatou) (3:43)
(02) Patrida Gaian (Savina Yannatou) (4:16)
(01) Andra Moi Ennepe (Savina Yannatou) (7:19)
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