Encantos da Alma (23/10/2011)
Destaques :
“Tal como os Tinariwen, aqui destacados na passada semana, os Tamikrest são um grupo touaregue, cujo nome significa "a junção ou a coligação", uma referência ao facto dos membros da banda serem originários de diferentes regiões, nomeadamente do Níger, do Mali e da Argélia. Os Tamikrest formaram-se em 2006 para expressar a identidade do povo nómada que habita o deserto do Sahara, nos países citados e na Líbia. Sob o lema "Um deserto nos rege, uma língua nos une e uma cultura nos aproxima", os Tamikrest exprimem-se orgulhosamente em Tamasheq, a língua dos touaregues, e cultivam o rock Ishumar, a música rebelde tuaregue.
Depois de “Adagh”, o seu álbum de estreia, aqui destacado em Janeiro (2011), os Tamikrest gravaram este ano (2011) “Toumastin”, editado de novo pela Glitterhouse Records. Uma vez mais, os Tamikrest louvam o deserto, um lugar fundamental para os Tuaregues, e centram-se sobretudo na repressão de que os mesmos são vítimas nas actuais sociedades do Magrebe e na luta pela auto-determinação do povo nómada. As melodias intensas e hipnóticas do blues e do rock e os ecos do estilo de guitarra rítmica galopante característicos do primeiro álbum, voltam a fazer-se sentir e voltam a encantar.”
(11) Dihad Tedoun Itran (6:27)
“Sob a direcção de Carles Magraner, o ensemble Capella de Ministrers foi fundado em 1987, com o objectivo de recuperar o património musical espanhol, sobretudo o valenciano. Especializou-se na interpretação do repertório musical anterior ao século XIX e, em pouco tempo, consolidou-se como um dos grupos de referência nos domínios da música antiga vocal e instrumental.
Uma intensa actividade dedicada a espectáculos ao vivo, aliada a tarefas de recuperação e de investigação musicológica, impulsionadas por Magraner e patrocinadas pela Universidade de Valência, deixam perceber o duplo compromisso adquirido pela Capella de Ministrers: resgatar a música antiga como parte essencial e fundamental da memória colectiva e aproximá-la do nosso tempo, à luz do século XXI, em que a arte e a cultura se nos apresentam como autênticos pilares do pensamento contemporâneo.
Até à data, a Capella de Ministrers publicou mais de 30 gravações, sobretudo através da CDM (a gravadora do grupo desde 2002), algumas delas alvo de várias distinções. Para destacar hoje, escolhemos os discos “Trobadors” (2000), sobre o amor cortês na Idade Média; “Llibre Vermell de Montserrat” (2001) dedicado a cantos e danças do século XIV; “Música en Temps de Jaume I” (2008), para comemorar o aniversário do nascimento do rei fundador do reino dos valencianos no século XIII; e “Moresca” (2010), sobre romances e cantigas entre mouros e cristãos.”
(01) III Ai del meu al-Andalus (7:46) “Música en Temps de Jaume I”
(18) CSM 167: Como una moura… (2:10) “Moresca”
(01) CSM 167: La moresca (2:43) “Moresca"
(16) Tant es gay (2:52) “Trobadors”
(08) Cuncti simus concanentes (6:15) “Llibre Vermell de Montserrat”
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