sábado, 27 de agosto de 2011

05. Tamikrest (Touaregs) / Jordi Savall (Catalunha)

Encantos da Alma (02/01/2011)
 Destaques:
1ª Hora: Tamikrest (Touaregs)  
“Para “Encantos da Alma”, o grande álbum de 2010, no domínio das “Músicas do Mundo”, terá sido Adagh” dos Tamikrest.
Grupo tuaregue, cujo nome significa "o nó, a junção ou a coligação", uma referência ao facto dos membros da banda serem provenientes de diferentes regiões, os Tamikrest são constituídos por sete jovens músicos originários do Níger, Mali e Argélia. Formaram-se em 2006 para expressar a identidade do povo nómada que habita o deserto do Sahara, nos países citados e na Líbia. Sob o lema "Um deserto nos rege, uma língua nos une e uma cultura nos aproxima", os Tamikrest exprimem-se orgulhosamente em Tamasheq, a língua dos tuaregues, e cultivam o rock Ishumar, a música rebelde tuaregue. Andy Morgan, durante muitos anos gerente dos Tinariwen, que já aqui destacámos, aponta-os mesmo como “o futuro da música Tamasheq”.
Em “Adagh”, o álbum de estreia dos Tamikrest, gravado em Bamako e editado pela Glitterhouse Records, os Tamikrest louvam o deserto, um lugar fundamental para os Tuaregues, e centram-se sobretudo na repressão de que os mesmos são vítimas nas actuais sociedades do Magrebe e na luta pela auto-determinação do povo nómada. Ao ouvirmos os primeiros acordes do álbum, de imediato os associamos às melodias intensas e hipnóticas do blues e do rock dos seus vizinhos Tinariwen, nomeadamente nos inevitáveis ecos do estilo de guitarra rítmica galopante. Ainda 2010 ia a meio e já estava encontrado o Álbum do Ano.”
(04) Tamiditin (3:37)
(02)  Aicha (3:18)
(09) Adagh (3:07)
(01)  Outamachek (3:24)
(05) Aratane N' Adagh (5:10)

2ª Hora: Jordi Savall (Catalunha)
“A mais importante edição de 2010 no domínio da música antiga não é um disco, é um autêntico compêndio constituído por três CD com quase quatro horas de música e um livro com 600 páginas de investigação, cronologias e textos originais. Trata-se de Le Royaume Oublié: La Croisade contre les Albigeois / La Tragédie Cathare” (Alia Vox) dos projectos La Capella Reial de Catalunya e Hespèrion XXI, dirigidos por Jordi Savall.
Oito séculos após a Cruzada contra os Albigenses, Savall retoma o ambiente de toda uma época. São cerca de 500 anos, desde 950 até 1463, contados em prosa e música. Meio milénio de História, desde a origem cátara, na actual Bulgária, nos locais de afirmação do cristianismo inicial, à queda de Constantinopla, em 1453 e à diáspora, até 10 anos mais tarde. Jordi Savall cruza de novo o mapa europeu, retomando os testemunhos dos trovadores da Occitânia e de compositores medievais e da Renascença inicial. Fanfarras de batalhas, lamentos, testemunhos, elementos das tradições musicais árabo-andalusa e sefardita, existentes na Europa e no Mediterrâneo, dos Balcãs às portas do Atlântico, desfilam por “Le Royaume Oublié” e aproximam o Oriente do Ocidente. A narrativa repõe toda uma época, os seus textos, a sua música, as suas preces, os contrastes mais violentos, numa história de sobrevivência e perseguição. “O Reino Esquecido – A Tragédia Cátara” é um drama poderoso, um “esforço de memória histórica”, repartida por sete actos: As Origens do Catarismo, A Occitânia, a Expansão dos Cátaros, Os Primeiros Conflitos, A Cruzada contra os Albigenses, a Inquisição e A Diáspora.”
I    (04) Les Trois Principes, alef, mem, shin (6:56)
III (12) El Rey de Francia (5:31)
I    (12) A chantar m’er de so (6:52)

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