quarta-feira, 31 de agosto de 2011

17. Boubacar Traoré (Mali) / Agnes Buen Garnas & Jan Garbarek (Noruega Medieval)


Encantos da Alma (03/04/2011)
 Destaques:
1ª Hora: Boubacar Traoré (Mali)
Boubacar Traoré nasceu em Kayes, a noroeste do Mali. Professor de profissão, Boubacar tem, no entanto, como verdadeira paixão a encantadora música de guitarras da região de Khassonke, que utiliza combinada com elementos do blues e do folk europeu.
Nos anos 70, Traoré emigrou para Paris e absorveu as influências do ocidente europeu. Quando regressou ao Mali, a sua música ganhou novos contornos e popularizou-se, passando a ser tocada regularmente na Rádio. Como Traoré não era um Jali, sentia-se livre para compor o seu próprio material, pelo que foi escrevendo letras que forneciam uma visão refrescante do reportório tradicional Mandinga.
As preocupações de Traoré são essencialmente sociais e sentimentais e a sua linguagem directa e apaixonada. As suas canções abordam todos os aspectos da sociedade e todas as faixas etárias. Encoraja a juventude a seguir os valores sociais dos seus pais, enfatiza a importância da verdade e sobrevaloriza o amor em relação ao dinheiro, entre outras mensagens.
Boubacar Traoré editou, até à data, oito registos: Mariama (1990), Kar Kar (1992), Les Enfants de Pierrette (1995), Sa Golo (1996), Maciré (1999), Je Chanterai pour toi (2003), Kongo Magni (2005) e Mali Denhou (2011). Harmónicas, ngoni e hipnose em seis cordas cristalinas remetem-nos para o mundo do blues do Mali. As percussões do balafon e do calabash, plenas de ritmo, acompanham os passos lentos. A África profunda jorra por todos os lados!”
(02) Mouso Tèkè Soma Ye (6:16) “Sa Golo”
(01) Mariama Kaba (5:35) “Mariama“
(05) Minuit (4:13) “Mali Denhou”
(03) Kanou (7:05) “Kongo Magni”

2ª Hora: Agnes Buen Garnas & Jan Garbarek (Noruega)
“Em certa medida, a Música Medieval na Noruega e nos outros países escandinavos, tem sido quase sempre sinónimo de baladas nórdicas para dançar, que dependem da cooperação entre o vocalista principal, que narra uma história na língua vernácula, e a sua audiência, que dança. Mas, apenas um pequeno número de peças medievais sobreviveram na Noruega e torna-se mesmo difícil decidir o que é norueguês dessa época. Há autores que consideram virtualmente impossível constituir um programa que inclua exclusivamente a música medieval da Noruega, mesmo que se utilizem fontes daí originárias. Contudo, é possível elaborar um programa com uma ou outra conexão com a Noruega da Idade Média até cerca de 1500, quando os reis locais, tal como outros príncipes da Europa do tempo, começaram a dar ênfase à música como uma importante actividade cultural das cortes.
Rosensfole: Medieval Songs from Norway (1989 ECM), cantado em norueguês por Agnes Buen Garnas, acompanhada por Jan Garbarek em sintetizadores, percussão e saxofones, abarca um repertório do país que recua no tempo até à idade Média. Não pode, no entanto, ser encarado como uma recolha de material folclórico tradicional, já que ao trabalho não presidem quaisquer critérios musicológicos explícitos. Trata-se, simplesmente, de uma série de adaptações de altíssima qualidade, em que dois excelentes intérpretes se juntam para reanimar uma fonte de inspiração que não pode ser esquecida. Apesar da recriação ser livre e inteiramente determinada por critérios subjectivos, mas não necessariamente arbitrários, estamos na presença de uma pérola intemporal, daquelas que se levam para uma ilha deserta.”
(05) Venelite (7:34)
(04) Maalfri mi fruve (5:12)
(09) Grisilla (7:15)

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