quarta-feira, 31 de agosto de 2011

18. Yungchen Lhamo (Tibete) / Estampie (Alemanha)


Encantos da Alma (10/04/2011)
 Destaques:
1ª Hora: Yungchen Lhamo (Tibete)
“O Budismo do Tibete sustenta como ideal supremo o desejo de trazer benefícios a todos os seres vivos. Assim, as canções budistas são cantadas como uma oferenda e, por isso, quem as interpretar com alma pode sentir as bênçãos e ser inspirado pela sua intenção. Foi o que aconteceu a Yungchen Lhamo, cujo nome significa deusa da canção, atribuído por um Budista lama, quando ainda bebé.
Nascida e criada no Tibete, desde muito cedo Yungchen Lhamo teve uma esmerada educação, orientada pela mãe, tia e avó para a espiritualidade e para um perfeito desempenho da voz. Aos 25 anos, Yungchen deslocou-se do Tibete à Índia, caminhando pelos Montes Himalaias, numa viagem perigosa, para receber a bênção do Dalai Lama.
O poder e a pureza da voz de Yungchen Lhamo dão alma à sua devoção espiritual, como podemos constatar pela audição de Tibet Tibet (1996) e de Coming Home (1998), os dois primeiros registos gravados para a Real World. Em Ama(2006), o terceiro álbum para a etiqueta britânica, Yungchen Lhamo envereda por novas vias para fazer passar a sua mensagem de resistência pacifista à ocupação chinesa do Tibete e enceta o diálogo com músicos ocidentais, experimentando equações que não desvirtuam a tradição tibetana, ao mesmo tempo que lhe conferem colorações mais vivas e acessíveis.”
(06)  Lhasa Pumo (3:40) “Tibet Tibet”
(08)  Dradul Nyenkyon (4:10) “Tibet Tibet”
(01)  Happiness Is… (5:06) “Coming Home”
(04)  Tara (5:06) “Ama”

2ª Hora: Estampie (Alemanha)
Estampie é o nome de um ensemble formado em 1985 em Munique por Michael Popp, Ernst Schwindl e Sigrid Hausen. Os Estampie fazem uma música de extraordinária densidade, tanto no aspecto formal como sob o ponto de vista emocional. Utilizam instrumentos acústicos da época medieval e fazem-no de tal modo que a sua música soa como se fosse electrónica. Tal se deve, sobretudo, ao organistrum, sanfona gigante e ícone musical, visual e ideológico da banda, como que uma gárgula medieval produtora de sons mutantes e fascinantes. Imagine-se uma “estampie” medieval dançada numa catedral gótica que, por artes mágicas, se tivesse transformado numa imensa discoteca. Dir-se-ia que a música dos Estampie quase anula o poder discriminatório da História: tanto pode ser encarada como a música medieval dos tempos modernos como a música “electrónica” da Idade Média”.
Até à data, os Estampie editaram oito registos: A Chantar (1990), Ave Maris Stella” (1991), Ludus Danielis (1994), Crusaders (1996), Materia Mystica (1998), Ondas (2000), Fin Amor (2002) e Signum (2004).”
(05) Ondas do mar (4:06) “A Chantar”
(15)  Stella splendens (5:29) “Ave Maris Stella
(10) Non e gran cousa (5:01) “Signum”
(11) Palästinalied (4:42) “Crusaders”

Sem comentários:

Enviar um comentário