Encantos da Alma (16/01/2011)
Destaques:
1ª Hora: Amina Alaoui (Marrocos)
“Natural de Fez (Marrocos), Amina Alaoui, herdeira de uma lendária tradição familiar de músicos populares, começou com seis anos a interpretar as canções árabo-andalusas que conservavam a memória dos seus antepassados. Aprendeu também a tocar piano, dança clássica, contemporânea e oriental no prestigiado Conservatório de Rabat e, ao mesmo tempo, começou a escrever os seus primeiros poemas. Licenciou-se em Filosofia e especializou-se no conhecimento do árabe, do francês e do castelhano, para aprofundar as raízes da cultura árabo-andalusa, com especial incidência na escola Gharnati, surgida na Granada do século XV. A sua insaciável curiosidade levou-a, ainda, a aprender canto medieval com o maestro Henri Agnel e a iniciar-se no canto clássico persa com Djallal Akhbari.
Até à data, Amina Alaoui editou quatro registos: “Gharnati: Musique arabo-andalouse du Maroc" (1995), acompanhada pela orquestra de Ahmed Piro, de Rabat; “Alcantara” (1998), “Gharnati: En Concert” (2009) e “Siwan” (2009), com o conceituado pianista e compositor de jazz de vanguarda norueguês Jon Balke.”
(05) Ya Rachiq al Qad (4:46) “Gharnati: Musique arabo-andalouse du Maroc”
(02) Ya ‘Ouchaq (7:14) “Alcantara”
(04) Ya Safwati (5:18) “Siwan”
2ª Hora: Amadis (França)
“Em 1989, a francesa Catherine Joussellin funda o ensemble Amadis, actualmente constituído também por Olivier Marcaud (canto e percussões), Christophe Deslignes (organetto, flautas medievais), Jean-Lou Descamps (sanfona, saltério, tambura) e Xavier Terrasa (canto, chalemie, cornemusa, flautas medievais, symphonie). A partir do seu primeiro concerto na Fundação Boris Vian, o grupo Amadis começa a explorar a cultura medieval, através de linguagens privilegiadas como a literatura e a música.
As interpretações dos Amadis são baseadas no estudo da notação original do texto e da música das variadas obras medievais (romances, poesias, contos, crónicas, jogos, fábulas, récitas, farsas, canções, reverdies, lais, baladas, rondeaux, virelais, motets...) e decorrem de um interesse particular em procurar as intenções profundas dos autores da época. Posteriormente o Ensemble Amadis consagra-se também na criação contemporânea.
Ao longo dos anos, Catherine Joussellin criou com o Ensemble Amadis uma adaptação cénica de Roman de Fauvel (um poema satírico do século XIV), a Lenda de Tristan et Yseut, a Lenda do Coeur mangé, o Elogio da Feminilidade (da Idade Média aos nossos dias) e o espectáculo Colette (a partir de músicas de Hahn, Satie e Ravel), entre outras. Editou, ainda, os registos “Le Manuscrit Nivelle de la Chaussée” (ADDA, 1992), “Sur Les Chemins de Saint-Jacques” - Cantos dos peregrinos a Santiago de Compostela, dos séculos XII a XV (JADE, 1998 -1999), “Musique au temps de Jehanne D’Arc” (JADE, 1999), “Cantos de la Vida” - Cantos dos judeus da Espanha Medieval (DBA, 2004) e “Anges ou démons” - baseado nas obras de Jehan de Lescurel e Philippe de Vitry, compositores do século XIV (DBA, 2009).”
(02) A que por muy gran fremosura (1:55) “Sur Les Chemins de Saint-Jacques”
(04) Hija mia mi querida (2:50) “Cantos de la Vida”
(01) Nani, nani (4:51) “Cantos de la Vida”
(06) El Rey de Francia (4:27) “Sur Les Chemins de Saint-Jacques”
(03) Amours, trop vous dói cherir (4:08) “Anges ou démons”
(08) Bontés, sem, valours (4:50) “Anges ou démons”
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