domingo, 22 de julho de 2012

70. “Festivais de Verão 2012” (Portugal) / Rosa Zaragoza (Espanha)

Encantos da Alma (22/07/2012)
1.ª hora: “Festivais de Verão 2012” (Portugal)
“Dos inúmeros festivais que habitualmente abundam no Verão, vamos referenciar, na primeira parte de Encantos da Alma, os cinco que consideramos mais entusiasmantes. Comecemos por dois deles, um que já terminou e outro que termina na próxima quinta-feira. Referimo-nos ao Festival Med, que se realizou a 29 e 30 de Junho, no Centro Histórico de Loulé, e ao Festim, que, de 1 de Junho a 26 de Julho, aconteceu/acontece em Águeda, Albergaria-a-Velha, Estarreja, Ovar e Sever do Vouga. Exemplos significativos da excelência das propostas musicais destes festivais são Boubacar Traoré (Mali), Huun-Huur-Tu (Tuva) e Taraf de Haïdouks (Roménia).”
(1)     Boubacar Traoré (Mali) (2) Mouso Tèkè Soma Ye (6:16) Sa Golo
(2)     Huun-Huur-Tu (Tuva) (12) Irik Chuduk (6:12) The Orphan’sLament
(3)     Taraf de Haïdouks (Roménia) (9) Jalea Tiganilor (6:38) Honourable Brigands, Magic Horses & Evil Eye

“O FMM Sines – Festival Músicas do Mundo afirmou-se como o maior evento de “world music” realizado em Portugal. Desde a sua primeira edição, em 1999, o FMM assumiu-se como um serviço público cultural, com uma programação que tem mantido como princípio orientador proporcionar aos espetadores que o visitam uma imagem a cores do mundo musical. Não há géneros nem geografias que dominem e os diálogos entre culturas são, cada vez mais, a forma de expressão que melhor define a contemporaneidade.
A 14.ª edição do FMM, a deste ano, ocorre entre 19 e 28 de julho. O alinhamento de concertos é um dos mais fortes da história do evento, juntando consagrados como Staff Benda Bilili, Mari Boine Persen, Oumou Sangaré, Tony Allen e Marc Ribot, a novas estrelas como Fatoumata Diawara e Bombino.
Serão 35 concertos com músicos dos cinco continentes e uma infinidade de estilos musicais repartidos por dois períodos principais: 19 a 21 de julho (este fim de semana), com espetáculos no palco histórico do Castelo, e 25 a 28 de julho (segundo fim de semana), com espetáculos no Castelo e no palco do Pontal, montado junto à Praia Vasco da Gama.”
(1) Amélia Muge e Michales Loukovikas (Portugal/Grécia) (14) A folha da rosa (3:10) Periplus - Deambulações luso-gregas
(2) Mari Boine (Saami/Noruega) (10) Duottar Rássi (4:30)Eigth Seasons
(3) Bombino (Níger) (2) Tar Hani (6:31) Agadez
(4) Fatoumata Diawara (Burkina Faso/Mali) (10) Wililé (4:50)Fatou

“Dos cinco festivais de Verão que consideramos mais entusiasmantes, a referenciar na primeira parte de Encantos da Alma, resta-nos abordar dois, que ainda não começaram. Referimo-nos à X Edição do Festival Itinerante da Cultura TradicionalL Burro I L Gueiteiro”, que se comemora, entre os dias 25 e 29 de Julho, com gaitadas, burricadas e outras atividades em várias aldeias e caminhos rurais do concelho de Miranda do Douro; e ao Entremuralhas 2012, um festival eclético e criterioso que tem lugar no majestoso e histórico Castelo de Leiria, nos dias 25 e 26 de Agosto. Exemplos significativos da excelência das propostas musicais destes festivais são Daemonia Nymphe (Grécia), Stellamara (EUA/…) e Chominciamento di gioia (Itália).”
(1)  Daemonia Nymphe (Grécia) (2) Krataia Asterope (3:20)Krataia Asterope
(2)  Stellamara (EUA/…) (12) Strumica (5:18) The Seven Valleys
(3)  Chominciamento di gioia (Itália) (12) La rosa enflorece (5:00)Rosa das Rosas

2ª Hora: Rosa Zaragoza (Espanha)
Rosa Zaragoza é uma cantora da Catalunha (Espanha), que começou sua carreira musical em 1986, gravando os únicos cinco temas conhecidas dos judeus catalães, canções de casamento dos séculos XIV e XV escritas em judio-catalão. Posteriormente, interessada ​​no período em que conviveram na Península Ibérica as culturas judaica, muçulmana e cristã, com particular ênfase na música espiritual dessas culturas, e na recuperação das raízes e das culturas do Mediterrâneo, Rosa foi incorporando no seu repertório canções sefarditas, música árabo-andalusa, temas do Llibre Vermell de Montserrat, cantigas trovadorescas, entre outras.
Rosa Zaragoza, com uma voz ora terna e intimista, ora angustiante e próxima do grito, para além do repertório cristão, judaico e muçulmano, interpreta temas de minorias étnicas como a cigana ou a índia, apresenta canções tradicionais catalãs e do Mediterrâneo, canções sobre o amor, temas sobre a importância e o orgulho de ser mulher e sobre a expressão dos sentimentos das mulheres, tendo em conta o seu corpo, a sua alma, a sua sexualidade, a maternidade e a morte, para além de uma homenagem a Joan Manuel Serrat.
Até à data, Rosa Zaragoza tem 14 CD publicados, desde “Canciones de bodas de los judíos catalanes(1986) atéA la luz de la risa de las mujeres(2011), passando por registos como Canciones de judíos, cristianos y musulmanes(1992), El espíritu de Al-Andalus (1994),Delícies zíngares” (1997), “Matria: La Patria del Alma (2003) ou “Terra de jueus” (2007), todos eles brilhantes.”
(08) Neklab en modo Aârak (4:10) Canciones de judíos, cristianos y musulmanes
(05) Btaihi en modo Sika (6:40) Canciones de judíos, cristianos y musulmanes
(09) Lama Bada Yatasana (3:59) “Matria: La Patria del Alma
(03) Adéu (5:23)Delícies zíngares
(11) Para que quero (3:22) Terra de jueus
(09) Yo me enamorí (1:53) Terra de jueus

domingo, 15 de julho de 2012

69. Buika (Ilhas Baleares) / Esther Lamandier (França)

Encantos da Alma (15/07/2012)
1.ª hora: Buika (Ilhas Baleares)
“Filha de imigrantes provenientes da Guiné Equatorial, antiga colónia espanhola, Concha Buika nasceu em Palma de Maiorca (Ilhas Baleares). Era a única negra num bairro de brancos com uma forte comunidade cigana, que a introduziu no flamenco. Com raízes africanas e influências americanas, graças às suas passagens por Nova Iorque e Las Vegas, Buika criou uma sonoridade única, adornada por uma voz apaixonante, ora suave ora explosiva. Ouvi-la é uma experiência arrasadora, o que levou “El País” a apelidá-la de “guerrilheira da copla” e o “Público” de “vulcão vocal”.
Conhecida artisticamente pelo sobrenome, Buika tornou-se uma revelação no cenário musical internacional ao misturar as coplas, as bulerías, as rumbas e as rancheras com elementos de jazz, de soul e de blues. A sua carreira musical teve início em 2000, com Mestizüo, com  o pianista Jacob Sureda, um registo pouco significativo. Em 2005, começou a dar provas do seu talento com o álbum homónimo, Buika, mas a visibilidade nacional e internacional só surgiu com Mi Niña Lola (2006), que venceu nas categorias de Melhor Álbum e Melhor Produção da música espanhola. No trabalho seguinte, “Niña de Fuego (2008), produzido pelo experiente Javier Limón, Buika expressava as suas vivências pessoais e criava o seu registo mais sentimental e apelativo. Em 2009, Buíka juntou-se ao pianista Chucho Valdés para gravar El Último Trago, uma homenagem à cantora mexicana Chavela Vargas, e em 2011 surgiu a sua primeira compilação En Mi Piel, que contém três temas inéditos.
Para além da sua já rica produção discográfica, tendo alguns dos seus registos sido nomeados para os Grammy Awards, na categoria de música latina, Buika encetou, por outro lado, algumas colaborações com outros músicos espanhóis e internacionais. Fez um dueto com a cantora portuguesa Mariza para o disco “Terra (Pequenas Verdades)”, com cantora grega Elefteria Arvanitakis, na música “Mirame”, com Nelly Furtado no tema “Fuerte” e com Seal na música “You Get Me”. Além disso, podemos vê-la no último filme de Pedro Almodóvar, "La Piel que Habito", interpretando a canção "Por el amor de amar", um dos temas inéditos do seu último disco, "Em mi piel".”
(08) Volver, volver (4:23) Niña de Fuego”
(06) En el Último Trago (2:48) “El Último Trago”
(10) Somos (4:10) “El Último Trago”
(01) Mi niña Lola (4:27) “Mi Niña Lola”
(01) La Falsa Moneda (3:35) “Niña de Fuego”
(01) Por el Amor de Amar (2:43) “En Mi Piel”

2ª Hora: Esther Lamandier (França)
“De origem judaica romena ashkenazi, por parte da sua família paterna, Esther Lamandier nasceu em França, obteve formação em piano, solfejo, canto e musicologia e especializou-se na interpretação do repertório medieval. Tornou-se professora e começou a ensinar educação musical durante alguns anos, até encetar uma colaboração com o Grupo Vocal de França e com o Atelier Lírico do Reno. A partir de 1977, Esther Lamandier começou um caminho solitário, dando recitais e interpretando cantos medievais, fazendo-se acompanhar apenas pela harpa e pelo órgão portátil.
Esther Lamandier começou por editar para a etiqueta Astrée, tendo lançado dois registos: Decameron: Ballate Monodiques de l'Ars Nova Florentine (1980), um disco sobre formas poéticas e musicais italianas dos séculos XIII ao XV, nomeadamente de Lorenzo da Firenze, Ghirardello da Firenze e Francesco Landini; e Alfonso el Sabio: Cantigas de Santa Maria(1981), um álbum com nove das quatrocentas e vinte e sete composições em galego-português, que foram editadas no século XIII, no tempo do Rei Afonso X de Castela.
Em 1982, Esther Lamandier criou a sua própria editora, a bem sucedida "Aliénor", e aí editou vários registos: Romances Séfarades et Chants Araméens (1982), com temas dos judeus sefarditas e canções em aramaico, a língua de Jesus; Chansons de Toile au temps du Roman de la Rose (1983), com temas do Manuscrito de St Germain e do Manuscrito do Rei (Audefroi, O Bastardo), vencedor do prémio da Academia Charles Cros; Domna (1987), com Ballate (da Itália do século XIV) e com temas de Guillaume de Machaut (1300-1377), dos minnesänger (trovadores alemães do século XIV) e dos Troubadours (da França dos séculos XII e XIII); Chansons Andalouses et Tangos” (1988), com canções da Espanha do sul e da Argentina; e Psaumes de David (1992) e Cantiques des Cantiques (2000), ambos com temas tradicionais judaicos, cantados em hebraico bíblico.”
(04) Per Tropo Fede (3:36) “Decameron
(01) A que por muy gran fremosura (3:54) “Cantigas de Santa Maria”
(03) Entre Av' e Eva (3:12) Cantigas de Santa Maria
(10) El Conde nino (3:20) “Romances
(01) La roza enflorese (2:20) “Romances
(14) Non vedi tu amor (3:45) “Domna”

domingo, 8 de julho de 2012

68. Lakshmi Shankar (Índia) / Qntal (Alemanha)


Encantos da Alma (08/07/2012)
1.ª hora: Lakshmi Shankar (Índia)
“A magia da voz, o senso de equilíbrio e o canto pleno de emoção são apenas algumas das qualidades que fizeram de Lakshmi Shankar uma das mais importantes representantes da música clássica do Indostão e de toda a Índia. A sua voz, incrivelmente melodiosa, que entoa três oitavas com grande facilidade, precisão e clareza, o seu estilo arrastado e a sua dedicação à música rapidamente cativaram os ouvintes mais exigentes.
A riqueza e a variedade do repertório valeram a Lakshmi Shankar uma fama que ultrapassou largamente as fronteiras do seu país. Em pouco tempo, Lakshmi gravou numerosos discos, participou em todos os importantes festivais do mundo e emprestou a sua voz a várias bandas sonoras em diversas línguas, com destaque para “Ghandi”.
Nascida em 1926, Lakshmi Shankar lançou, ao longo da carreira, vários LPs e cassetes, mas só se lhe são atribuídos dez discos compactos, dos quais se destaca Les Heures et les Saisons, editado em França pela famosa Ocora, em 1987, indubitavelmente uma das melhores gravações da música indiana. Nela podem ser ouvidas as formas tradicionais da Índia do Norte, nomeadamente o Khyal (literalmente significando imaginação ou fantasia), que descende da tradição “Dhupad” e ganhou popularidade a partir do século XVII, constituindo hoje a forma musical predominante no Indostão; a Tarana, uma composição rápida, normalmente cantada no final do Khyal; o Thumri, forma semi-clássica, romântica e sensual, com origem no século XVIII; e as Bhajans, canções devocionais, maioritariamente escritas no século XV”.
(03) Holi: Raga Khafi (6:35)
(06) Bhajan de Jugalapriya en sanskrit (4:09)

2ª Hora: Qntal (Alemanha)
“O projeto Qntal formou-se na Alemanha em 1991 por dois músicos dos Deine Lakaien, o guitarrista Michael Popp, que também toca oud, saz, shalmei e tar, e o teclista Ernst Horn. Ao duo, juntou-se Sigrid Hausen (também conhecida como Syrah), vocalista dos Estampie, onde também pertence Michael Popp. Horn saiu da banda em 1999 para se concentrar nos Deine Lakaien e foi substituído por Philipp Groth (também conhecido como Fil), que canta, programa e toca teclados e guitarra.
Qntal, cuja pronúncia varia de país para país, é uma palavra sem significado que apareceu num dos sonhos de Syrah. Tal como os Sarband, já aqui destacados, e sobretudo como os Vox de Vladimir Ivanhoff, os Qntal movimentam-se na chamada música eletrónica medieval. O multifacetado território do grupo compreende música ocidental da Idade Média, bem como música barroca e contemporânea. As letras do grupo baseiam-se, principalmente, em fontes históricas. Nos primeiros três álbuns as letras, em grande parte, são em latim, alemão medieval, galaico-português e noutras línguas europeias.
Da discografia dos Qntal constam seis registos: Qntal I (1992), Qntal II (1995), Qntal III - Tristan und Isolde (2003), “Qntal IVOzymandias(2005),Qntal V - Silver Swan(2006) e Qntal VITranslucida(2008). Em todos eles, há um sentido lúdico que convida à dança e que torna o projeto irresistível.”
(10) 292 (4:25) “Qntal V - Silver Swan”
(02) Palestinalied (5:57) “Qntal II”
(05) Dulcis amor (6:20) “Qntal IV – Ozymandias”
(04) Translucida (6:27) “Qntal VI – Translucida”

domingo, 1 de julho de 2012

67. Boris Kovac (Jugoslávia) / Gothart (República Checa)


Encantos da Alma (01/07/2012)
 1.ª hora: Boris Kovac (Jugoslávia)
Boris Kovac é um músico de Vojvodina, a parte Panónia da Sérvia, que se tem destacado nas esferas das novas músicas. Fundindo música tradicional jugoslava com a eletrónica, sons ambientais e leituras de Corão, entre outros, Boris Kovac tem produzido discos em que as influências das diversas culturas predominantes na Jugoslávia (a católica, a ortodoxa e a muçulmana) se têm feito sentir.
Os temas escrupulosamente bem estruturados que Boris Kovac elabora para os seus ensembles (Ritual Nova desde 1982, Ladaaba Orchest desde 2000 e La Campanella desde 2005), compostos por violoncelos, violinos, pianos, percussão, vozes, saxofones, clarinetes, cítaras, acordeão, etc. fazem-nos lembrar a música religiosa medieval, as fusões globalizantes dos italianos Musci e Venosta e, mais recentemente, a música judaica sabiamente misturada com a complexidade dos compassos dos Balcãs e com a envolvência nostálgica do tango.
Boris Kovac tem 16 discos editados até à data, dos quais se destacam Ritual Nova I (1986, Symposion), Ritual Nova II (1989, Recommended), Anamnesis -Ecumenical mysteries (1996, Les disques VICTO), The Last Balkan Tango (2001, Piranha), Ballads at the end of Time (2003, Piranha) e World After History (2005, Piranha), registos que criam espaços sentimentais dominados pela nostalgia e tristeza, mas também pela alegria e entusiasmo romântico”
(06) Caravan Orient (Excerto) “Ritual Nova I & II

2ª Hora: Gothart (República Checa)
Gothart foi uma banda constituída por sete elementos que foi fundada em 1993 na República Checa. Começaram por interpretar temas clássicos da música medieval da Europa ocidental, mas a partir de 1998/99, começam a dedicar-se quase exclusivamente às músicas do mundo, com incidência nas canções tradicionais da região dos Balcãs.
Ainda que os Gothart usassem instrumentação étnica e réplicas de antigos instrumentos, os seus temas soam profundamente atuais. Para o facto, muito contribuíram as vozes, naturalmente joviais, despretensiosas e sem grandes preocupações puristas, remetendo-nos, a cada momento, para universos próximos da música pop, embora menos exuberantes que as suas compatriotas BraAgas. Durante os treze anos da sua existência, os Gothart tiveram grande relevância principalmente nos países de leste, tendo realizado mais de 700 concertos, festivais e eventos de caridade, incluindo apresentações na França, Alemanha, Polónia, e República Eslovaca, entre outros.
Da discografia dos Gothart constam seis registos, editados em duas fases distintas. Até 1999, no período em que se interessaram pela música medieval editaram Por nos de dulta (1996), Stella splendens (1997) e Adio querida (1999), onde incluíram Cantigas de Santa Maria de Afonso X, de Castela e Cantigas de Amigo de Martin Codax de Vigo (século XIII), temas do manuscrito Llibre Vermell de Montserrat da Catalunha (século XIV) e canções antigas dos judeus sefarditas. A partir de 2000, os Gothart nos álbuns Cabaret (2000), Rakija’n’roll (2003) e Rakioactive (2006), enveredaram por interpretar canções ciganas e temas tradicionais de várias regiões da Europa de Leste (nomeadamente da Macedónia, Grécia, Albânia, Roménia, Hungria, Bulgária, Kosovo, Croácia e Bósnia), ou de outras regiões como a Arménia ou Israel. É, no entanto, a fase medieval que aqui vamos destacar”.
(04) Adio querida (2:43) Adio querida
(02) A Que Por (0:59) Stella splendens
(14) Como Poden (2:26)Stella splendens
(03) Cuncti Simus (3:18) Stella splendens
(01) A Virgen Que De Deus Madre (1:31)Stella splendens 
(07) Stella Splendens (7:51) Stella splendens