domingo, 28 de agosto de 2011

10. Bako Dagnon (Mali) / Theatrum Instrumentorum (Itália/Jugoslávia)

Encantos da Alma (06/02/2011)
 Destaques:
1ª Hora: Bako Dagnon (Mali)
Bako Dagnon, uma das grandes figuras da música tradicional do Mali, segundo o jornal “L'Essor Bamako”, faz parte de uma geração de proeminentes griots do oeste africano. Nascida na região de Kita, em 1948, Bako Dagnon começou a cantar desde criança, para acompanhar a mãe em cerimónias, nomeadamente em baptizados e casamentos. Sendo uma griot, Bako foi educada no sentido de estudar a genealogia e a história do Mali, recuando ao império Mandinga do século XIII, a fim de perpetuar o grande passado do seu país.
Em 1974, Bako Dagnon integrou o Ensemble Instrumental do Mali, onde permaneceu 10 anos e ajudou a desenvolver e a promover a música tradicional do país. Em nome próprio, produziu cinco cassetes, mas a sua importância para a música do Mali vai além disso. O seu conhecimento enciclopédico das línguas, das tradições e da história do país era sobejamente conhecido e até o célebre Ali Farka Touré a consultou e recorreu aos seus ensinamentos, por diversas ocasiões.
Depois de ter colaborado com Mamani Keita & Marc Minelli e participado no segundo volume do projecto “Mandekalou”, Bako Dagnon publicou os registos “Titati(2007) e Sidiba” (2009), álbuns com uma curiosa mistura de canções antigas com arranjos modernos, que descrevem as realidades da vida maliana, celebram a beleza da mulher e defendem a importância da verdade.”
(06) Bounteni (4:55) “Titati
(10) Fadeen Tô (6:17) “Sidiba”
(07) Titati (5:51) “Titati
(08) Alpha Yaya (6:17) “Sidiba”

2ª Hora: Theatrum Instrumentorum (Itália/Jugoslávia)
“É sobretudo sobre as produções poéticas e musicais da Baixa Idade Média ao Barroco, que se move a acção do Ensemble Theatrum Instrumentorum, fundado pelo jugoslavo Aleksandar Sasha Karlic, em Milão (Itália) em 1984 e composto por músicos que se especializaram em realizar simultaneamente repertórios sagrados e profanos.
A recuperação dos repertórios antigos pelos elementos dos Theatrum Instrumentorum é o resultado de uma investigação cuidada em fontes musicais, na literatura e na história das épocas medieval e renascentista. A recolha musical abrange uma vasta gama de diferentes tradições musicais e a interpretação tem em conta, o mais possível, uma fidelidade à tradição, uma vez que o Ensemble assegura que são preservados os sons e estilos originais do período que abarcam.
De entre a discografia dos Theatrum Instrumentorum salientam-seLlibre Vermell de Montserrat” (1997), uma miscelânea religiosa copiada na sua maior parte, por um só indivíduo, durante a última década do séc. XIV, que felizmente inclui um cancioneiro musical; Carmina Burana” (1998), uma colectânea de 1230 de canções encontradas no Mosteiro beneditino de Benetiktbeuren (Burana), que continha poesia trovadoresca sobretudo de temática profana; e Cantigas de Santa Maria” (1999), uma colecção de 426 obras dedicadas à Virgem, compostas na segunda metade do século XIII, por volta de 1250-80, sob a direcção do então rei de Castela, Afonso X, o Sábio (1221-1284).”
(03) Stella splendens (7:37) “Llibre Vermell de Montserrat”
(02) Ecce torpet probitas CB3 / De la à la rivière (6:55) “Carmina Burana”
(08) A Madre de Jhesu Christo / Pois que dos Reis (9:55) “Cantigas de Santa Maria”

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