Encantos da Alma (06/03/2011)
Destaques:
“Ali Ibrahim Toure nascera em 1939, na aldeia de Kanau, junto ao rio Níger, no nordeste do Mali; faz amanhã (07/03/2011) cinco anos que foi vencido pela morte, quando tinha 67 anos de idade e 55 de carreira de sucesso. O sobrenome “Farka” (que quer dizer “burro”, isto é, “teimoso”), advém-lhe do facto de ter sido o primeiro filho dos seus progenitores a sobreviver à infância (nove irmãos haviam morrido antes de ele nascer). Apesar de ser de origem nobre, fazendo parte da etnia Arma, Ali Farka Toure não frequentou a escola e foi educado no campo. No entanto, muito cedo se interessou pela música. Começou por ganhar proeminência no Mali, nos anos 60, com a Orquestra Troupe 117. Integrou, então, a Orquestra da Rádio Mali, descobriu os blues através da música de John Lee Hooker, e em 1976, quando contava já 37 anos, lançou o seu primeiro disco. Ligou-se então à editora inglesa World Circuit, resultando desse contrato dez álbuns: “Ali Farka Toure” (1988), “The River” (1990), “The Source” (1992), “Talking Timbuktu” com Ry Cooder (1994) com o qual ganhou um grammy, “Radio Mali” (1996), “Niafunké” (1999), “Red & Green” (duplo constituído por dois discos originalmente editados em vinil em 1979 e 1988) (2004), “In the Heart of the Moon”, com Toumani Diabaté (2005) e “Savane” (2006) e “Ali & Toumani” (2010), ambos editados após a sua morte.
Agora que faz cinco anos que esta autêntica instituição nos deixou, não podíamos deixar de lhe voltar a prestar a merecida homenagem.”
(04) Savane (7:43) “Savane”
(05) Amandrai (9:23) “Talking Timbuktu”
(12) Amadinin (7:10) “Radio Mali”
2ª Hora: Constantinople (Canadá/Irão/…)
“O ensemble Constantinople, fundado em Montreal (Canadá) em 1998 pelo iraniano Kiya Tabassian, consagrou-se na utilização de uma linguagem única e de uma visão nova e criativa face à interpretação das músicas da Idade Média e do Renascimento. O trabalho de recolha do grupo baseou-se num cuidadoso estudo dos manuscritos históricos e na sua aproximação à tradição oral do Próximo e do Médio Oriente, nomeadamente à clássica persa. Assim, os Constantinople debruçam-se sobre uma "fertilização cruzada" entre as diversas culturas musicais medievais e renascentistas das áreas à volta do Mediterrâneo, sobretudo a judaica, a árabe, a persa e a cristã. Para o efeito, convidam para as suas gravações uma grande quantidade de músicos de geografias diferentes, entre as quais se salientam, por exemplo, Anne Azéma e Françoise Atlan. Naturalmente que os Constantinople se servem, também, de uma panóplia de instrumentos antigos, como o alaúde, a vihuela, a harpa medieval, a viola da gamba e a vièle, entre outros, bem como de instrumentos orientais, tais como o tombak, o daf, o santour, o oud, o setar (instrumento de cordas de origem persa) e o dayereh (espécie de tambor persa).
Até à data, os Constantinople editaram doze registos: “Jardin de la mémoire” (2000) para a XXI world classic; para a Atma Classique “Constantinople” (2001), “Memoria Sefardí” (2002), “Li Tans Nouveaus” (2003), “Terres Turquoises” (2004), “Carrefour de la Méditerranée” (2004), “Constantinople” (2005), “Que le yable les emporte!!!” (2005), “Mania” (2006), “De Castille à Samarkand” (2006), “Terra Nostra” (2007) e “Ay!! Amor...” (2008).”
(06) De moi doloreus vos chant (5:00) “Ay!! Amor...”
(06) Hermins (5:26) “Li Tans Nouveaus”
(09) Hija mia mi querida (3:45) “Constantinople”
(08) El rey de Francia (4:29) “Memoria Sefardí”
(07) Caballero (3:35) “Terres Turquoises”
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