Encantos da Alma (30/01/2011)
Destaques:
1ª Hora: Savina Yannatou (Grécia)
“Savina Yannatou é uma extraordinária cantora grega, originária de Atenas, expoente das músicas do Mediterrâneo e que já actuou em Portugal por diversas ocasiões. Iniciou a sua carreira musical em 1979 e, desde 1993 tem encetado com o grupo “Primavera en Salonico”, um caminho comum que os coloca na vanguarda do panorama das “Músicas do Mundo” actuais.
No seu belíssimo canto, Savina alia a sensualidade da música tradicional da Grécia com a expressividade típica do “rembetiko”, o “blues grego” como já foi apelidado, tão profundo como o fado, marcado pelo oriente muçulmano, pelas várias tonalidades das diversas culturas mediterrânicas e pela espiritualidade dos judeus sefarditas expulsos da Península Ibérica no séc. XVI que encontraram refúgio em Salónica.
Da vasta discografia de Savina Yannatou destacam-se “Traditional Lullabies” (em parceria com Nikos Kypourgos) (1985), “Sephardic folk songs” (1995), “Songs of the Mediterranean” (1998), “Terra Nostra” (2003), “Sumiglia” (2005) e “Songs of an Other” (2007). Neles, Savina interpreta canções de embalar, romances sefarditas e temas tradicionais da Grécia e de praticamente todos os países banhados pelo Mediterrâneo. Celebrando as diferenças entre as várias tradições e as similaridades que partilham, Savina Yannatou percorre os vários imaginários do sul, com a expressividade, a sensibilidade e o rigor de quem nele mergulhou o corpo e a alma.”
(12) Koimatai (2:20) “Traditional Lullabies”
(02) El sueño de la hija del rey (4:50) “Sephardic folk songs”
(10) Smyrnaean air (3:10) “Songs of the Mediterranean”
(09) Schubho Lhaw Qolo (3:31) “Terra Nostra”
(11) Ganchum em yar ari (3:08) “Sumiglia”
(01) Sareri Hovin Mernem (5:38) “Songs of an Other”
“A espanhola Begoña Olavide possui o título superior de flauta no Conservatório de Madrid e especializou-se na interpretação do saltério, trabalhando com o alaúdista Carlos Paniagua na recuperação dos diferentes modelos da família deste instrumento. Realizou, ainda, cursos de especialização na Holanda, Jugoslávia e Espanha e aprofundou em Marrocos os conhecimentos de canto, qanoun e teoria da música árabo-andalusa.
Ao longo da sua carreira musical, Begoña Olavide, tem-se destacado na interpretação de uma música de fusão dos dois estilos mais importantes da Espanha medieval, o cristão e o muçulmano. Apesar de actuar a solo, Begoña tornou-se conhecida por ter fundado os grupos Calamus e Mudéjar e por ter colaborado com o guitarrista jugoslavo Dusan Bogdanovic, a cantora Montserrat Figueras e os grupos de música antiga Micrologus (Itália), Alla Francesca (França) e La Capella Reial de Catalunya (Espanha). Actualmente Begoña Olavide integra o grupo Hespèrion XXI, dirigido por Jordi Savall.
Da sua discografia, salientam-se os registos “Mudéjar” (1997), “Cartas al Rey Moro” (1998) e “Toques en el Tiempo” (2001), álbuns que revelam o fascínio de Begoña pelas raízes árabes existentes na música medieval e renascentista da sua Espanha natal.”
(03) Los sospiros no sosiegan (7:13) “Cartas al Rey Moro”
(01) Paseabase el Rey Moro (5:31) “Mudéjar”
(08) Con que la lavaré (5:33) “Mudéjar”
(01) Yul yul (3:30) “Toques en el Tiempo”
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