Encantos da Alma (25/03/2012)
1.ª hora: Esma Redzepova (Macedónia)
“Esma Redzepova, a mais celebrada cantora cigana da Macedónia, é natural de Šuto Orizari, local onde Emir Kusturica filmou “O Tempo dos Ciganos”, mas cedo rumou a Skopje. Descoberta por Stevo Teodosievski, prestigiado compositor e arranjador, com quem casou, Esma Redzepova, após o desaparecimento do marido, formou um grupo com o nome do defunto. Foi com esse quarteto que Esma Redzepova se apresentou em Portugal e que editou os últimos discos do século passado, antes de renovar a banda e de a passar a quinteto.
Quando Esma Redzepova e o seu maestro, mentor e marido, Stevo Teodosievski foram coroados "Rainha e Rei da música Romani”, no primeiro Festival Mundial de música cigana, em 1976, adivinhava-se uma bem-sucedida carreira musical, o que veio a acontecer, tendo a diva cigana, ao longo dos anos, editado perto de 600 trabalhos, nomeadamente seis filmes, cassetes e discos de vinil ou CD, dos quais dois são de platina, oito de ouro e oito de prata.
A música de Esma Redzepova, constituída essencialmente por títulos compostos por si e por Stevo Teodosievski, bem como por temas tradicionais da Macedónia, assemelha-se à típica música de festa dos Balcãs. As fanfarras de sopros ébrios e as percussões em ritmos de galope ao desafio, sobrevoando a extraordinária voz de Esma, tecem pedaços de emoção em puro estado deflagratório, oscilando entre píncaros dramáticos e épicos”.
(03) Hajri Ma Te Dike (4:50) “Chaje Shukarije”
(04) Szelem Szelem (5:50) “Road of the Gypsies”
(10) Ciganka Je Malena (4:39) “Queen of the Gypsies: Roma Songs”
(08) Little Gypsy Girl (4:08) “Songs of a Macedonian Gypsy”
(08) Moite Zlatni 50 (3:50) “Gypsy Carpet”
2ª Hora: Radio Tarifa (Espanha)
“Os Radio Tarifa são um trio espanhol constituído por Benjamín Escoriza, Faín Dueñas e Vincent Molino, que têm contado com vários convidados ao longo da sua carreira. Os três definem a sua música como “Radio Tarifa”, no original escrito em caracteres gregos, frequência paralela onde coabitam, entre outras influências, a música medieval, a música árabe e o flamenco.
Danças proibidas, rumbas de vício, rituais pagãos celebrados em vielas recônditas, ópios de carne e areia, picadas de insetos destilando venenos de especiarias elaborados por dezenas de instrumentos acústicos e eletrónicos, árabes, indianos, africanos, balcânicos e medievais fazem da música dos Rádio Tarifa um delírio para os ouvidos.
“Rumba Argelina” (1993), “Temporal” (1996), “Cruzando el Río” (2000) e o disco ao vivo “Fiebre” (2003) constituem a discografia dos Radio Tarifa, até à data. Em todos eles, existem pedaços de folclore galego e castelhano, o canto jondo e as tradições cristã, árabe e sefardita, que remontam à Idade Média. Seja qual for o enquadramento, os Radio Tarifa procedem a um deslocamento de referências que faz com que a sua música se constitua em algo de disforme, como se a luz do Mediterrâneo se visse ofuscada por um eclipse e a ação se desenrolasse numa atmosfera de trevas e conspirações”
(11) Si J’ai perdu mon ami (2:36) “Cruzando el Río”
(07) Conductus (3:58) “Temporal”
(12) Ronda de Sanabria (3:18) “Rumba Argelina”
(03) Lamma Bada (4:08) “Rumba Argelina”
(10) Nu alrest (7:10) “Rumba Argelina”
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