Encantos da
Alma (10/06/2012)
1.ª hora: Cumbia Cumbia (Colômbia)
“A cumbia é uma das
expressões melódicas mais representativas da Colômbia. Nela confluem
três culturas: a negra africana, a indígena e a europeia. A negra ofereceu o
ritmo dos tambores e os movimentos sensuais, marcadamente sedutores; a indígena
a flauta de bambu e as gaitas, elementos fundamentais na melodia; a europeia
contribui com algumas variações nas melodias, na coreografia e nos trajes dos
dançarinos.
A origem da cumbia remonta à
época da escravidão e deriva da palavra negra “cumbé”, que significa festa e
que representa um ritmo e dança da zona de Mbata, na Guiné Equatorial. Deriva,
ainda, de “caracumbé”, um jogo coreográfico que teve o seu apogeu no estado de
Antioquia, quando os negros trabalhavam nas minas; deriva, também, de
“para-cumbé”, uma dança desaparecida; e, finalmente, de “cumbancha”, que em
Cuba significa Jogorio ou Parranda.
A World Circuit Records lançou em Abril
deste ano (2012) um duplo CD (bem como uma edição limitada em duplo LP)
intitulado “Cumbia Cumbia 1 & 2”. A coleção apresenta trinta faixas
gravadas no lendário estúdio colombiano Discos Fuentes, entre 1950 e 1988,
anteriormente editadas em dois volumes, em 1989 e 1994, respetivamente.”
(02) Gabriel Romero – La Subienda (4:32) “CD One”
(01) Rodolfo Y Su Tipica RA7 – La Colegiala (3:40) “CD One”
(03) Armando Hernandez Y Su Conjunto – La Zenaida (4:28) “CD
One”
(04) Adolfo Echeverría Y Su Conjunto - Amaneciento (3:50) “CD One”
(09) Los Immortales – La Pollera Colora (3:05) “CD One”
(10) Lito Barrientos – Cumbia En Do Menor (2:44) “CD Two”
2ª Hora: Montserrat Figueras (Catalunha)
“Falecida em novembro de 2011, a soprano Montserrat Figueras nasceu em Barcelona
numa família de melómanos, tendo casado com o músico e maestro Jordi Savall.
Dedicando grande parte da sua carreira à música antiga, desde cedo, Montserrat
dedicou-se ao estudo das técnicas vocais de canto, desde os trovadores à música
barroca, e desenvolveu um estilo de interpretação que alia vitalidade à
fidelidade histórica. Juntou-se ao grupo de música antiga Ars Musicae de Barcelona, com o qual interpretou obras dos mais
importantes compositores espanhóis do século XVI e, com o marido, fundou o coro
La Capella Reial de Catalunya, a
orquestra Le Concert des Nations, o agrupamento Hespèrion XXI e a editora Alia Vox.
Montserrat Figueras obteve, ao longo da carreira, vários prémios.
Em 2003, recebeu o título de dama da Ordem das Artes e das Letras de Espanha e,
cinco anos mais tarde, a soprano espanhola e Jordi Savall foram eleitos
“artistas pela paz”, pela UNESCO. Recebeu, ainda, entre outros, o Edison
Klassiek, o Grand Prix da Académie Charles Cros, um Grammy pelo
livro-CD Dinastía Borgia e, em 2011, a Cruz de São Jorge, da Generalitat
de Catalunya.
Durante a sua carreira artística, Montserrat Figueras gravou mais
de 60 CDs. No último disco que editou em vida, “Cançons de la Catalunya mil-lenária”, contou com a presença dos filhos
Arianna e Ferran Savall e dos músicos sempre presentes nas formações criadas
por si e por Jordi Savall, o harpista Andrew Lawrence-King, o flautista Pedro
Memelsdorff, o guitarrista Rolf Lislevand e o cravista Rinaldo Alessandrini. Em
Março deste ano (2012), foi editado o luxuoso registo duplo “La voix de l'émotion”, uma retrospetiva da sua
carreira, brilhantemente documentada, entre outros, pelo musicólogo português Rui
Vieira Nery.”
(03) A chanter m’er de so (Comtessa de Dia) (6:53) “La voix de l’émotion” (CD2)
(09) Hal sabil likhalwa (Um Al Kiram, Al-Andalus S. XI) (5:23) “Lux Feminae”
(05) Berceuse Amazigh (Anon. Berbère)
(2:32) “Ninna Nanna”
(09) Apo xeno meros (Traditionnelle grecque) (2:57) “Du temps
& de l’instant”
(26) Ghazali (en Arabe, Grec & Hébreu) (3:03) “Jérusalem” (CD2)
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