domingo, 11 de novembro de 2012

71. Pedro Osório - “Cantos da Babilónia” (Portugal) / Jaramar (México)



Encantos da Alma (11/11/2012)
1.ª hora: Pedro Osório - Cantos da Babilónia (Portugal)
“Maestro, orquestrador e diretor musical, conhecido pelos inúmeros trabalhos desenvolvidos em diversas áreas da música portuguesa, do Fado à Música Clássica ou à Ligeira, ao longo do seu percurso, Pedro Osório colaborou com Carlos Paredes, Sérgio Godinho, Fernando Tordo ou Paulo de Carvalho, entre outros. Natural do Porto, onde estudou Música e Engenharia Mecânica, Pedro Osório começou por formar, no final dos anos cinquenta, um grupo de baile, com o qual esteve até 1966, rumando depois a Lisboa para se juntar à segunda formação do Quinteto Académico, onde participou como pianista. Passou, então, a dedicar-se à orquestração e direção de orquestra e em 1968 formou o Trio Barroco e em 1974 o Grupo Outubro. Participou, ainda, nos projetos “SARL” (1979), “Só Nós Três” (1989) e “Quatro Caminhos” (1996). Em nome próprio, Pedro Osório editou sete registos.
Pedro Osório representou Portugal no Festival da Eurovisão, como chefe de orquestra, em 1975 e em 1984, com os temas “Madrugada” e “Silêncio e Tanta Gente”. Como autor, participou em 1968 com a canção “Verão” e em 1996 com “O Meu Coração Não Tem Cor”, tendo esta última ficado em 6º lugar, a melhor classificação de sempre para uma canção portuguesa. Em 1982, ganhou o prémio da crítica com a música que compôs para a peça “Baal” de Bertolt Brecht.
Em novembro de 2011 publicou o disco “Cantos da Babilónia”, o último da sua carreira, terminada para sempre em 5 de janeiro deste ano (2012). Após dois anos e meio de experiências e de pesquisa, Pedro Osório apresentou, nesse álbum, dez composições repletas de melodiosas combinações de sons, vozes e lugares desconhecidos, baseadas em excertos de cantos tradicionais de diversos lugares de todo o mundo, desde o Quénia ao Vietname, passando pela China ou por Portugal. As peças, fundamentalmente para piano, completam-se com a presença de “instrumentos samplados ou eletrónicos”.



(05) O beijo do sol (Quénia) (3:54)
(07) Mensagem dos espíritos distantes (Japão) (4:46)
(01) Kerekeria (Nigéria) (3:27)
(06) Flores de Pedra (China) (4:59)

2ª Hora: Jaramar (México)
Jaramar é uma cantora e compositora mexicana que se aventurou a viajar por um repertório de canções que vão desde anónimos medievais a composições próprias, em que explora as suas obsessões pela vida, pelo amor, pela paixão e pela morte. Os fios condutores têm sido sempre um espírito permanente de exploração sonora, sobretudo da voz, que, à medida que os anos iam passando, se foi abrindo mais e mais a novas tonalidades e texturas.
Grande parte das canções de Jaramar são heranças da avó, dos pais, de amigos e de livros ou são o resultado de experiências próprias, adquiridas ao longo dos anos; as canções do repertório medieval que Jaramar interpreta abarcam uma “fertilização cruzada” entre as diversas culturas musicais das áreas à volta do Mediterrâneo, sobretudo a judaica e a cristã. Certo é que se torna difícil de classificar a produção musical de Jaramar, uma vez que a cantora abre várias janelas sonoras no seu trajeto musical e não se limita a interpretar um único género. Os críticos, contudo, têm catalogado Jaramar na prateleira da música alternativa ou das “músicas do mundo”, enfatizando nela a convergência de elementos místicos e sensuais, sagrados e profanos, globais e regionais…
Ao longo da vida profissional de Jaramar, a música tem compartilhado espaço, tempo e energia criativa com as artes visuais. Jaramar é também pintora, escultora e ilustradora de livros e isso reflete-se na sua maneira de abordar a criação artística. A propósito, terá afirmado que as suas músicas são concebidas como “quadros sonoros” e que, quando pinta, está a criar “canções visuais”, em ambos os casos contando histórias através de imagens, textos e melodias muito pessoais. Da sua discografia, constam onze registos, incluindo a compilação Travesía (2003). Discos como Entre la pena y el Gozo (2003), Fingir que duermo (2005), Lenguas (2008), Duerme por la noche oscura (2004) ou o recente Fiestas Privadas (2011) fazem de Jaramar uma das mais importantes cantoras das Américas.”
(04) Hija Mia (2:58) “Fingir que duermo”
(01) La última palabra (3:43) “Diluvio”
(16) La Llorona (5:51) Travesía”
(08) Mareta no’m faces plorar (3:37) “Duerme por la noche oscura”
(11) Ay linda amiga (2:25) “Entre la pena y el Gozo”
(03) Palästinalied (5:14) “Lenguas”
 











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