Encantos da Alma (13/01/2013)
1ª hora: Warsaw Village Band (Polónia)
“O grupo Warsaw Village Band (Polónia) editou
em 2012 o registo “Nord”, com a colaboração dos suecos Hedningarna,
razão por que os voltamos aqui a destacar. Para além da remix “Upmixing”
(Jaro 2008) e do disco ao vivo “Live” (Jaro 2010), os Warsaw
lançaram mais quatro registos em estúdio: "Hopsasa Classic Polo",
(Kamahuk 1998 / Jaro 2005), considerado o álbum folk do ano pelos ouvintes
da Radio 3 Polaca e pela Revista Brum; "People's Spring" (Jaro
2001), um álbum extraordinário, vencedor do "BBC World Music
Award"; "Uprooting” (2004 Jaro), o melhor álbum folk polaco do
ano; e “Infinity” (Jaro 2008), em que o grupo, pela primeira vez, apresentava
composições não tradicionais.
Os Warsaw Village Band foram constituídos em
1997 por seis jovens músicos que descobriram a magia dos antigos instrumentos e
dos antigos estilos vocais, produzindo um tipo de música a que chamam
"hardcore folk", uma espécie de bio-techno no estilo "Voz
Branca", um canto em forma de grito, usado no passado pelos pastores
polacos.
Instrumentos de cordas a soar como trombetas
francesas, tambores furiosos, trance, improvisação e elementos da música das
raízes são utilizados com entusiasmo e paixão pelos músicos que adoram viajar
pela Polónia e pelo mundo para transmitir à sua própria geração os estilos
musicais dos antigos. De entre os instrumentos tradicionais que utilizam,
saliente-se a quase extinta "Suka", um tipo único de rabeca polaca do
séc. XVI, tocada com as unhas. De realçar, ainda, na Warsaw Village Band, a
criação de ritmos a partir de dois tambores, o que é muito pouco comum em
qualquer tipo de música folk.”
(07) Kolysanka konopna
(4:42) “Nord”
(13) Lament (2:30) "Uprooting”
(01) Przyjdz Jasienku (1:24) "Hopsasa
Classic Polo"
(02) 1.5 h (6:21) “Infinity”
(03) At my mother’s (4:16) "People's
Spring"
(02) Grajo gracyki (3:33) “Nord”
“Se nos debruçarmos sobre os últimos séculos da
Idade Média, concretamente entre XII a XIV, constatamos que a fermentação
social e cultural desta época não se pode pôr em paralelo com o imobilismo até
então reinante. É certo que, a partir do século X, findas as últimas invasões
(muçulmanas, normandas e magiares), a Europa se começa lentamente a
transformar; só então a nova mentalidade, a princípio confinada à orla
mediterrânica, passa a ocupar o primeiro plano. A língua vulgar começa a
ascender à dignidade da escrita, tradicionalmente restrita ao latim; o
indivíduo começa a descobrir-se como autor, reivindicando uma voz original.
Saímos do reino dos anónimos, dos que apenas julgam transmitir uma herança e
entramos no reino dos criadores, dos que deixam assinatura.
Nascendo no seio de uma cultura oral, a expressão da
nova atitude na Baixa Idade Média é, naturalmente, poética. A poesia, com as
suas rimas, a sua métrica, o seu repertório de expressões, facilita a
memorização. Por outro lado, um suporte musical permite realçar certas
caraterísticas formais da poesia, enquanto dá tempo à sua fixação e à sua
reprodução.
É sobre esta lírica emergente, literária e musical
que se debruça o grupo norte-americano Sonus, ensemble formado em 1988
por James Carrier, nos seus registos “Chanterai: Music of Medieval France”,
“Songs & Dances of the Middle Ages” e “Echoes of Spain”,
editados pela Dorian”.
(01) A que por muy gran
Fremosa (3:03) “Echoes of Spain”
(09) Muito domostrata (1:57) “Echoes of Spain”
(13) Estampie real (5:07) “Chanterai:
Music of Medieval France”
(15) Los set gotx/Cuncti
simus (3:28) “Songs & Dances of the Middle Ages”
(12) Stella splendens (2:32)
“Songs & Dances of the Middle Ages”
(12) Reis glorios (8:17) “Chanterai: Music of
Medieval France”
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