domingo, 27 de janeiro de 2013

79. Salif Keita (Mali) / Ensemble Syntagma (Rússia/França)




Encantos da Alma  (27/01/2013)
1ª hora: Salif Keita (Mali)
“Nascido em Djoliba (Mali), Salif Keita radicou-se em Paris e é hoje considerado um dos expoentes máximos da música africana. Por ser descendente direto de Sundiata Keita, o fundador do Império Mali, significa que Salif Keita nunca deveria ser um cantor, função que é desempenhada por Griots. Além disso, Salif fora ostracizado devido ao seu albinismo, sinal de azar na cultura Mandinka.
Dotado de uma voz prodigiosa, o músico albino de sangue real, conhecido como “A voz dourada de África” é, também, um dos mais vigorosos e revigorantes exemplos da fusão da tradição rítmica africana com a tecnologia ocidental. Utiliza, por isso, instrumentos tradicionais da costa ocidental africana (djembés, koras e balafons), que mistura com guitarras, órgãos, saxofones e sintetizadores.
Na capital de Mali, Salif Keita começou por se juntar em 1967 à Super Rail Band de Bamako e em 1973 enquadrou a banda Les Ambassadeurs. Em meados dos anos setenta, Keita e Les Ambassadeurs fugiram da instabilidade política do país e fixaram-se em Abidjan (Costa do Marfim), mudando o nome da banda para Les Ambassadeurs Internationales. Em 1984, mudou-se para Paris, com o objetivo de prosseguir a sua carreira a solo. Entre a obra-prima Soro (1987, Mango) a Talé(2012, Universal), Salif Keita editou mais de uma dezena de discos, entre as quais remixes e compilações.”
(01) Da (3:53) Talé
(03) Souareba (4:39) “Soro
(08) Tu vas me manquer (5:50) “M’Bemba
(01) Yamore (7:23) “Moffou

2ª hora: Ensemble Syntagma (Rússia/França)
O Ensemble Syntagma, é um agrupamento especializado nos repertórios medieval, renascentista e barroco, fundado por Alexandre Danilevski, compositor e músico de Saint-Petersburgo, entretanto radicado em França.
Ao longo da sua carreira, os Syntagma têm abordado, sobretudo, a música dos mais importantes compositores dos séculos XIII e XIV, nomeadamente Eguidius da Francia, da segunda metade do século XIV, que encaixa bem a sua música com o estilo das peças da alla francesca; Bartolino da Padova (c.1365-1405), compositor italiano e membro da ordem dos Carmelitas, que provavelmente viveu em Florença; Don Paolo da Firenze (c.1355-c.1436), sobejamente conhecido pela sua brilhante carreira como diplomata, clérigo e teórico de música; Gautier d’Épinal (c.1205/1230-c.1272), o compositor mais brilhante e original da história de Lorraine, que antecedeu em cerca de meio século as inovações da Ars Nova (Trecento); e Jehan de Lescurel (? - 1304), um dos primeiros representantes da Ars Nova.
Os Syntagma acabam de editar o seu sexto CD. Depois dos excelentes Musique Baroque Russe (Pierre Vérany, 2002), Touz esforciez: Trouvères en Lorraine (Pierre Vérany, 2004), Gautier d'Epinal: Remembrance" (Challenge Records Int., 2007), Stylems – Italian Music From The Trecento (Challenge Records Int., 2008) e Rosa e Orticha (Carpe Diem, 2011), dedicados a produções pouco conhecidas ou até desconhecidas nos meandros da música antiga, os Syntagma surgem agora com The Uncertainty Principle(Carpe Diem, 2012).”
(06) Terza “Se perder la propiá vita” (2:33) The Uncertainty Principle
(16) Donna s’amor (3:13) Rosa e Orticha
(02) Bien se peüst… (6:16) Touz Esforciez: Trouvères en Lorraine”
(01) Che Ti Zova Nasconder (5:10) Stylems: Italian Music From The Trecento
(05) Abundance de felonie (5:01) “Jehan de Lescurel. Ex Tempore

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