domingo, 3 de fevereiro de 2013

80. Ulla Pirttijärvi (Etnia Sáami/Finlândia) / Música da Grécia Antiga



Encantos da Alma  (03/02/2013)
 1ª hora: Ulla Pirttijärvi (Etnia Sáami/Finlândia)
“O território da Lapónia estende-se pela Suécia, Noruega e Finlândia, ora por planícies e lagos numa sinfonia única de verde e azul, ora por montanhas impenetráveis e florestas cerradas de bétulas e arbustos carregados de espinhos. Por todo o lado, o inconfundível cheiro a peixe fumado, o dia vencendo a noite com o sol bailarino da meia-noite e o joikh, o canto xamânico do povo Sáami em dias festivos.
De acordo com a tradição, os Sáami são os herdeiros diretos das canções dos Uldas, uma indefinida espécie de criaturas mitológicas residindo nas florestas, nos lagos e nas montanhas. Cantar de acordo com a tradição, significa, na Lapónia, fazê-lo com total espontaneidade, privilegiando a expressão de sentimentos e de emoções, sob a forma de melodias quase demoníacas. É isto o joikh, que o povo Sáami canta, seja pelo prazer de saudar o Sol, sozinhos ou em pequenos grupos perdidos na imensidão da tundra, seja durante as festas ou no decurso das reuniões de família.
A par de Wimme Saari e Mari Boine, já aqui destacados, Ulla Pirttijärvi assumiu-se como uma das maiores cantoras joikh. Proveniente da aldeia Angeli, de Inari, uma das poucas aldeias laponas situada em terras submetidas à soberania finlandesa, Ulla começou por enquadrar o projeto Angelin Tytöt, com quem lançou o registo Dolla (1992), enveredando, depois, por uma carreira a solo. Até à data, editou os discos Hoŋkoŋ Dohkká (1996), Ruošša Eanan(1997), Máttaráhku Askái (2002), Áibbašeabmi (2008) e Ulda (2012), este acompanhado pelo grupo Ulda. Em todos eles, Ulla utiliza a sua voz delicada e sideral sobre arranjos ambientais notáveis, celestiais e quase infinitos, luxuosamente ornamentados por sinos, violoncelos, saxofones e percussões.”
(09) Goddi (4:07) “Ulda
(06) Cálkko Niillas (2:46) “Ulda
(09) Roahkkadit (5:20) Ruošša Eanan
(07) Njuvcca luohti (3:43) Ruošša Eanan
(08) Njuvccat bohtet (4:48) “Máttaráhku Askái”

“É impressionante que tenham sobrevivido ao tempo um número significativo de composições e de textos teóricos sobre a música da Grécia Antiga. Autores como Platão e Aristóteles, entre outros, contribuíram com informações teóricas, a educação musical e o papel da música na sociedade. Aristoxenus, um discípulo de Aristóteles, escreveu sobre os aspectos práticos da performance musical e, juntamente com Euclides, Pitágoras e Ptolomeu, foi um importante precursor da acústica. Por sua vez, um tratado de Alípio constituiu a principal fonte de informações para a interpretação da notação musical grega. Esses documentos escritos serviram de modelos para os tratados teóricos posteriores e ajudaram a moldar o curso da música ocidental e do Médio Oriente. Outros meios de informação sobre a música grega antiga foram adquiridos a partir dos objectos de arte sobreviventes, especialmente esculturas e pinturas em vasos, que retratam músicos e instrumentos.
Lamentava-se, no entanto, o facto de existir na atualidade apenas um pequeno número de composições da Grécia Antiga. Felizmente, graças a pesquisas recentes, mais de 50 exemplos desse emocionante repertório foram descobertos com notação musical, nomeadamente em Oxyrhynchus (Egito).
Vários são os registos que se debruçam sobre a música da Grécia Antiga. Numa primeira abordagem, escolhemos os cinco que se seguem.”
(1) Ensemble De Organographia (EUA) (6) Invocation of calliope and Apollo (3:22) “Music of the Ancient Greeks”
(2) Christodoulos Halaris (Grécia) (3) Second Delphic hymn (6:14) “Music of Ancient Greece”
(3) Atrium Musicae de Madrid (Espanha) (3) 1er Hymne Delphique à Apollon (4:50) “Musique de la Grèce Antique”
(4) Ensemble Melpomen (Suíça) (14) Agallís (2:31)Ancient Greek Music
(5) Ensemble Kérylos (França) (10) Seikilos (0:26 - 2:43) (2:17) “Musiques de l’Antiquité Grecque”

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