Encantos da Alma (17/02/2013)
“Baaba Maal é um cantor, compositor,
percussionista e guitarrista senegalês, nascido em Podor, uma vila de 6 mil
habitantes na margem do rio Senegal, na fronteira com a Mauritânia. Juntamente
com Youssou N’Dour, Maal é considerado um dos maiores cantores do Senegal e um
dos mais impressionantes músicos da fusão da tradição africana com sons
ocidentais.
Oriundo da etnia Halpulaar, por vezes designada Tukolor, das zonas desérticas do norte
do Senegal, Baaba Maal formou-se na Escola das Artes de Dakar, onde
enquadrou a banda de Asly Kouta e formou o grupo Lasli Fouta, com o seu amigo e
guitarrista cego Mansour Seck. Em 1985 fundou os Daande Lenol (“A Voz do
Povo”), um grupo apostado na modernização dos ritmos tradicionais senegaleses,
em particular os da sua etnia. Com a banda, Baaba Maal segue para Paris, onde
gravou dois discos para a etiqueta Syllart.
A internacionalização de Baaba Maal começou em 1989
com o fabuloso “Djam Leelii”, em parceria com Mansour Seck, onde as
guitarras acústicas, com fortes reminiscências do pequeno alaúde tradicional da
África Ocidental, são adornadas por vocalizações com claras ressonâncias
árabes. A partir daí, a sua carreira foi-se consolidando, à medida que ia
editando discos hipnóticos e deliciosos. Destacam-se “Baayo” (1991),
tocado em instrumentos tradicionais como a tama e o hoddu e centrado em padrões
musicais da sua etnia; “Lam Toro” (1992), onde Baaba ensaia
metodicamente a aproximação à música elétrica; “Firin’in Fouta” (1994) e
“Nomad Soul” (1998), que
promovem a entrada declarada de Baaba Maal no território de fusionismos, ao
misturar sonoridades tradicionalmente africanas com elementos da música reggae,
salsa e pop; e “Missing You (Mi Yeewnii)” (2001), um disco de encantadora serenidade, em que Baaba
Maal regressa ao som das suas raízes. Em 2008, Maal lançou a compilação “On the Road” (2008), que foi considerada pelo jornal britânico The Independent um dos melhores discos
de world music já produzidos neste planeta sonoro.”
(04) Salminanam
(4:25) “Djam Leelii”
(10) Kowoni maayo (mi yeewnii) (5:49) “missing you (mi yeewnii)”
(03) Daande Leñol (5:51) “Lam Toro”
“Isabel Palacios, nascida em 1950
em Caracas, é uma das mais destacadas mezzo-soprano sul-americanas. Fundadora e
diretora artística da Camerata de Caracas, tem dedicado o seu talento e o seu
conhecimento ao desenvolvimento dos seus projetos artísticos, nomeadamente a Camerata Renacentista de Caracas e a Camerata Barroca de Caracas, sempre com
alto nível interpretativo.
Atualmente, Isabel
Palacios é uma dos mais populares artistas da Venezuela, reconhecida pela
qualidade do seu trabalho de intérprete, pela direção de uma grande quantidade
de músicos que a acompanham ou pelas oficinas de interpretação que organiza e
dirige. A sua carreira começou em 1967, após formação na Escola de Música
"Juan Manuel Olivares". Fez, depois, uma pós-graduação na Guildhall
School of Music and Drama de Londres e, mais tarde, continuou os estudos
superiores de canto e de interpretação de música medieval, renascentista e
barroca.
Como cantora
profissional, o repertório de Isabel Palacios é extenso e variado, abordando
estilos que vão desde a música antiga a canções de cabaré ou da música erudita
à música contemporânea. Por sua vez, Palacios foi convidada para solista da New
London Consort, dirigida pelo renomado Pickett Philip e participou, ainda, em
trabalhos do conceituado músico catalão Jordi Savall. As obras de Isabel
Palacios que vamos aqui destacar hoje são, no entanto, os dois registos que
dedicou à música medieval: “Yo me enamorí de un ayre”, que inclui
romances sefarditas; e “Rosa das Rosas, que abarca Cantigas de Amigo de
Martín Codax, Cantigas de Santa Maria de Afonso X "El Sabio",
poesias da Trobairitz Comtessa de Día e planctus do Mosteiro de Las Huelgas.”
Yo me enamori de un Ayre
(2:03) “Canciones y Romances Sefarditas”
Hermanas Reina y Cautiva
(5:37) “Canciones y Romances Sefarditas”
La rosa enflorece (2:49)
“Canciones y Romances Sefarditas”
Rosa das Rosas (5:19) “Rosa
das Rosas, Cantos y Cantigas de la Edad Media”
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