domingo, 14 de abril de 2013

89. Toumani Diabaté (Mali) – Musica Reservata (Venezuela)



Encantos da Alma  (14/04/2013)


1ª hora: Toumani Diabaté (Mali)
“O músico Toumani Diabaté, nascido em 1965 em Bamako, a capital do Mali, e que já esteve em Portugal por várias ocasiões, é, segundo Nick Gold (World Circuit), o portador da chama de uma das formas de arte mais belas do mundo. Ainda na opinião do produtor britânico, Toumani é um mestre na sua arte e produz uma música na qual a história nobre do império mandinka é reafirmada, permitindo, ao mesmo tempo, a ligação de um público contemporâneo a uma inspiradora espiritualidade.
Considerado o maior tocador da atualidade da famosa kora (espécie de harpa de 21 cordas, com uma caixa de ressonância feita de uma grande cabaça cortada ao meio e fechada com uma pele de vaca), Toumani Diabaté descende há 71 gerações dos griots mandinka, os contadores de histórias do ocidente africano. Aos 5 anos de idade, Diabaté começou a tocar a kora e aos 13 fez a sua primeira aparição em público. Aos 19 anos fazia parte do grupo que acompanhava a extraordinária Kandia Kouyaté, uma das cantoras mais conhecidas do Mali, e com ela viaja por todos os recantos de África.
Da discografia de Toumani Diabaté constam 13 discos, alguns deles em parceria com outros músicos, de diversas proveniências. O primeiro “Kaira” (1987, Hannibal) foi gravado numa única tarde, sem pausas, num estúdio de Londres. Promovido ao mercado World Music ocidental graças à sua colaboração com os espanhóis Ketama em “Songhai” e “Songhai 2 (1988 e 1994, Nuevos Medios), Toumani Diabaté encetaria, mais tarde, novas parcerias com Roswell Rudd, Ballaké Sissoko, Taj Mahal e Ali Farka Touré, das quais resultariam cinco brilhantes registos. O seu último disco a solo, “Mande Variations” (2008, World Circuit) é, tal como o primeiro, um disco intimista, gravado em Bamako durante as Mande Sessions, em que foram também registados os álbuns “Savane” de Ali Farka Touré, “In The Heart of The Moon” de Toumani Diabaté com Ali Farka Touré e “Boulevard de L’Independance”, de Toumani com a Symmetric Orchestra. Já este ano, editou “A Curva da Cintura”, com os brasileiros Arnaldo Antunes e Edgard Scandurra, provavelmente o seu disco menos significativo até à data”.
(01) Bamako (6:29)Malicool(com Roswell Rudd)
(06) Guede Man Na (6:08) Kulanjan(com Taj Mahal)
(07) Ai Ga Bani (4:34) In the Heart of the Moon(com Ali Farka Touré)
(03) Be Mankan (5:07) Ali and Toumani(com Ali Farka Touré)
(02) Salaman (6:14)New Ancient Strings(com Ballake Sissoko)

2ª hora: Musica Reservata (Venezuela)
“O ensemble Musica Reservata, dirigido pela soprano Sandrah Silvio foi fundado na Venezuela por 11 vozes alto, mezzo-soprano e soprano. Atualmente, formam o grupo dez elementos femininos, que se têm feito acompanhar por vários músicos, consoante os programas. Desde 1993, as Musica Reservata têm-se dedicado à interpretação e promoção da música antiga na Venezuela e no estrangeiro, divulgando todo um repertório que vai desde a Idade Média até o Barroco.
As características mais marcantes nas interpretações deste ensemble coral venezuelano são, em primeiro lugar, expressividade sutil, essencial para a boa execução de obras que foram concebidas em perfeito equilíbrio... Outra caraterística dominante do grupo é a pureza das suas vozes, uma vez que o repertório que interpretam requer vozes de alta qualidade, que dão a cada frase a cor certa que necessita.
Ao longo dos anos, as Musica Reservata produziram vários programas: “El Nacimiento de la Polifonía” (1993), com música desde os primeiros cantos da liturgia cristã até ao nascimento e desenvolvimento da polifonia sacra medieval; “Angelorum Ministerium” (1995), dedicado ao canto gregoriano e à polifonia medieval e renascentista; “Carmina Burana” (1996), do Codex dos séculos XII-XIII, do convento beneditino de Beuren; “Stabat Mater” (1997), do compositor napolitano, Pergolesi; “Ave Maris Stella” (1998), com motetes marianos do compositor Monteverdi; “Dulcis Amor” (1999), uma seleção de obras dedicadas ao tema do amor durante a Idade Média, gravado em conjunto com o Ensemble Modus de Oslo; “Ave Rosa Novella” (2001), dedicado a motetes franceses do século XIII, pertencentes à clamada Escola de Notre Dame; “El Llibre Vermell de Montserrat” (2002), escrito no século XIV, para os peregrinos devotos da Virgem de Montserrat; “El Viaje de Hierusalem” (2004), uma seleção de cancões e villanescas espirituais, que recriam a viagem do compositor do Renascimento espanhol, Francisco Guerrero, à Terra Santa. A partir de 2005, as Musica Reservata têm-se dedicado, sobretudo, à interpretação da música barroca, do século XVII, desde “Barroco Europeo” (2005) até “Ostinato Amoroso” (2011).
(06) Cuncti simus concanentes (2:33
(04) Los set goytz recomptarem (4:50)
(02) Stella splendens (7:00)
(09) Imperayritz de la ciutat joyosa (7:14)

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