Encantos da Alma (14/04/2013)
1ª
hora: Toumani Diabaté
(Mali)
“O músico Toumani Diabaté, nascido em 1965 em
Bamako, a capital do Mali, e que já esteve em Portugal por várias
ocasiões, é, segundo Nick Gold (World Circuit), o portador da chama de uma das
formas de arte mais belas do mundo. Ainda na opinião do produtor britânico,
Toumani é um mestre na sua arte e produz uma música na qual a história nobre do
império mandinka é reafirmada,
permitindo, ao mesmo tempo, a ligação de um público contemporâneo a uma
inspiradora espiritualidade.
Considerado o maior tocador da atualidade da famosa
kora (espécie de harpa de 21 cordas, com uma caixa de ressonância feita de uma
grande cabaça cortada ao meio e fechada com uma pele de vaca), Toumani Diabaté
descende há 71 gerações dos griots mandinka,
os contadores de histórias do ocidente africano. Aos 5 anos de idade, Diabaté
começou a tocar a kora e aos 13 fez a sua primeira aparição em público. Aos 19
anos fazia parte do grupo que acompanhava a extraordinária Kandia Kouyaté, uma
das cantoras mais conhecidas do Mali, e com ela viaja por todos os recantos de
África.
Da discografia de Toumani Diabaté constam 13 discos,
alguns deles em parceria com outros músicos, de diversas proveniências. O
primeiro “Kaira” (1987, Hannibal) foi gravado numa única tarde, sem pausas, num
estúdio de Londres. Promovido ao mercado World Music ocidental graças à sua
colaboração com os espanhóis Ketama em “Songhai” e “Songhai 2” (1988 e 1994,
Nuevos Medios), Toumani Diabaté encetaria, mais tarde, novas parcerias com
Roswell Rudd, Ballaké Sissoko, Taj Mahal e Ali Farka Touré, das quais
resultariam cinco brilhantes registos. O seu último disco a solo, “Mande Variations” (2008, World Circuit) é, tal como o primeiro, um disco intimista,
gravado em Bamako durante as Mande Sessions, em que foram também registados os
álbuns “Savane” de Ali Farka Touré, “In The Heart of The Moon” de Toumani
Diabaté com Ali Farka Touré e “Boulevard de L’Independance”, de Toumani com a
Symmetric Orchestra. Já este ano, editou “A Curva da Cintura”, com os
brasileiros Arnaldo Antunes e Edgard Scandurra, provavelmente o seu disco menos
significativo até à data”.
(06) Guede Man Na (6:08) “Kulanjan” (com Taj
Mahal)
(07) Ai Ga Bani (4:34) “In the Heart of the Moon” (com Ali Farka Touré)
(03) Be Mankan (5:07) “Ali and Toumani” (com Ali Farka
Touré)
(02) Salaman (6:14) “New Ancient Strings” (com Ballake Sissoko)
2ª
hora: Musica Reservata
(Venezuela)
“O ensemble Musica Reservata, dirigido pela
soprano Sandrah Silvio foi fundado na Venezuela por 11 vozes alto,
mezzo-soprano e soprano. Atualmente, formam o grupo dez elementos femininos,
que se têm feito acompanhar por vários músicos, consoante os programas. Desde
1993, as Musica Reservata têm-se dedicado à interpretação e promoção da música
antiga na Venezuela e no estrangeiro, divulgando todo um repertório que vai
desde a Idade Média até o Barroco.
As características mais marcantes nas interpretações
deste ensemble coral venezuelano são, em primeiro lugar, expressividade sutil,
essencial para a boa execução de obras que foram concebidas em perfeito
equilíbrio... Outra caraterística dominante do grupo é a pureza das suas vozes,
uma vez que o repertório que interpretam requer vozes de alta qualidade, que
dão a cada frase a cor certa que necessita.
Ao longo dos anos, as Musica Reservata produziram
vários programas: “El Nacimiento de la
Polifonía” (1993), com música desde os primeiros cantos da liturgia
cristã até ao nascimento e desenvolvimento da polifonia sacra medieval; “Angelorum Ministerium” (1995),
dedicado ao canto gregoriano e à polifonia medieval e renascentista; “Carmina Burana” (1996), do Codex dos
séculos XII-XIII, do convento beneditino de Beuren; “Stabat Mater” (1997), do
compositor napolitano, Pergolesi; “Ave
Maris Stella” (1998), com motetes marianos do compositor Monteverdi; “Dulcis Amor” (1999), uma seleção de
obras dedicadas ao tema do amor durante a Idade Média, gravado em conjunto com
o Ensemble Modus de Oslo; “Ave Rosa Novella” (2001), dedicado a motetes
franceses do século XIII, pertencentes à clamada Escola de Notre Dame; “El Llibre Vermell de Montserrat” (2002), escrito no século XIV, para os peregrinos devotos da Virgem de
Montserrat; “El Viaje de
Hierusalem” (2004), uma seleção de cancões e villanescas espirituais,
que recriam a viagem do compositor do Renascimento espanhol, Francisco
Guerrero, à Terra Santa. A partir de 2005, as Musica Reservata têm-se dedicado,
sobretudo, à interpretação da música barroca, do século XVII, desde “Barroco
Europeo” (2005) até “Ostinato Amoroso” (2011).”
(06) Cuncti simus concanentes (2:33
(04) Los set goytz
recomptarem (4:50)
(02)
Stella splendens (7:00)
(09) Imperayritz de la
ciutat joyosa (7:14)
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