Encantos da Alma (19/05/2013)
1ª
hora: Ganoub (Egito)
“A música do Egito está sempre presente, quer
na vida quotidiana, quer no tempo das festividades. Esta omnipresença da música
e da dança, graças, sobretudo, aos filmes, às festas citadinas, aos cabarets, à
rádio e à TV, tem gerado constantemente novos valores, num país onde ser-se
músico profissional ou compositor reveste primordial importância.
O grupo Ganoub, que em árabe quer dizer sul,
é um exemplo perfeito da efervescência da música egípcia, que se carateriza por
uma constante interpretação das formas popular e clássica. Formado em 1997 em
torno de Mostafa Abdel Aziz, considerado o último tocador de arghoul (uma flauta dupla, o mais antigo
instrumento de sopro conhecido, praticado desde os primórdios da civilização),
o grupo Ganoub é constituído por quatro cantores e músicos tradicionais do Alto
Egito (Núbia), todos eles descendentes de profissionais profundamente
envolvidos na música tradicional da região, cujas raízes remontam ao Antigo
Egito. O seu principal objetivo foi o de restituir à música tradicional da
região da Núbia o lugar que sempre ocupou na sociedade, sem ser um cliché do
folclore superficial e sem recorrer a imitações banais de formas artísticas que
já não existem mais.
Em 2001, os Ganoub editaram “…en arabe veut dire sud”, para a prestigiada Naïve, o único registo que se lhes conhece. Um
cantor com uma voz poderosa e evocativa, um percussionista especializado em
instrumentos como a darbuka, o doff e a doholla e um tocador de lira núbia e de
um acordeão oriental interpretam, com o flautista, temas tradicionais que nos
convidam à reflexão, ao sonho e à dança e que nos conduzem nas brumas do tempo,
para além do Mediterrâneo e do Nilo.”
(07) Dairin (8:06)
(09) Mawal (2:52)
(10) Leli (6:26)
(12) Eshado (8:05)
“O Ensemble Unicorn é um agrupamento vocal e
instrumental dirigido pelo austríaco Michael Posch desde 1991 e
constituído por cinco elementos, três deles originários da Áustria, um da
Itália e outro da Alemanha. Especializado na música antiga, o ensemble tem-se
dedicado à interpretação de temas da Idade Média ao Barroco e de composições
próprias. Fá-lo, tanto quanto possível, em instrumentos originais e baseia-se
nas danças, cantigas e temas medievais e renascentistas, numa procura
incansável da autenticidade.
O trabalho do Ensemble Unicorn tem-se baseado
essencialmente na tarefa de unir as muitas tradições que influenciaram e
enriqueceram a cultura musical europeia ao longo dos séculos. O estabelecimento
de pontes entre o antigo e o moderno e entre o Oriente e o Ocidente tem sido,
assim, o principal objetivo do grupo, desde a sua fundação.
Até à data, o ensemble editou, onze registos, desde
“Chominciamento di gioia”
(1991), dedicado à música de dança do tempo de Decameron de Boccaccio, até “Minnesang in Südtirol” (2005), um disco com canções de amor dos trovadores
medievais do Tirol do Sul. Entre um e outro, destacam-se os registos “Cantigas de Santa Maria” (1994) e “The Black Madonna” (1996), bem como os álbuns
gravados em conjunto com o Ensemble Oni Wytars, nomeadamente “On the Way to Bethlehem” (1994),
“Music of the Troubadours” (1996) e “Carmina Burana” (1997).”
(06) Que por al non devess (5:43) “Cantigas de Santa Maria”
(11)
Procurans odium (5:30) “Carmina Burana”
(05)
Bel m’es qu’ieu chant (6:04) “Music of the Troubadours”
(01)
Cuncti Simus (6:36) “The Black Madonna”
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