Encantos da Alma (04/12/2011)
Destaques :
“O fado já é Património Imaterial da Humanidade, segundo decisão tomada pela UNESCO, no passado domingo, dia 27 de Novembro, juntando-se, assim, ao tango e ao flamenco na lista dos mais de duzentos tesouros do mundo já classificados.
Antecipando a decisão da UNESCO, a cantora e compositora marroquina Amina Alaoui, no seu registo “Arco Iris” (2011 ECM), demonstrara já que o fado deixou de ser apenas uma canção portuguesa. Quando Amina apregoa que “não há necessidade de discutir as origens do fado, do flamenco ou do Gharnati” para a música em si mesma, pressupõe a interpretação desses estilos, mesmo que não seja portuguesa ou espanhola. Mas Amina vai ainda mais além em “Arco Iris”, ao explorar não só as músicas tradicionais da Península Ibérica, como o cruzamento entre elas. Com efeito, fazendo jus ao título do disco, Amina Alaoui elabora um autêntico “arco-iris” de sons, com iluminadas e coloridas conexões entre o fado, o flamenco e a música árabo-andalusa. No dia 14 de Março de 2012, Amina vai apresentar no CCB (Lisboa) este magnífico disco, indubitavelmente um dos melhores do ano.
Natural de Fez e herdeira de uma lendária tradição familiar de músicos populares, Amina Alaoui, em “Arco-Iris” diluiu barreiras, ultrapassou fronteiras e tornou-se numa multifacetada cidadã do mundo ”.
(03) Fado Al-Mu’tamid (5:30)
(07) Fado menor (5:26)
(06) Ya laylo layl (9:18)
2.ª Hora: Chominciamento di gioia (Itália)
“O Ensemble Chominciamento di gioia, nome de uma "istampitta" (dança italiana do século XIV), surgiu em 1987 com a finalidade de divulgar a música medieval e renascentista, principalmente a vocal e instrumental do repertório italiano.
Uma intensa actividade dedicada a espectáculos ao vivo, aliada a tarefas de recuperação e de investigação musicológica e de produção discográfica, sob a orientação de Gianfranco Russo, deixam perceber a intenção dos Chominciamento di gioia de resgatar a música antiga como parte essencial e fundamental da memória colectiva e aproximá-la do nosso tempo.
Para aprofundar particularmente o aspecto do desempenho, os Chominciamento di gioia fazem uso de réplicas de instrumentos usados entre os séculos XII e XIV, construídos a partir de iconografias e descrições do tempo. Desses instrumentos, que variam de acordo com o período abordado, contam-se liras, alaúdes, flautas, harpas, saltérios, sinos, darboukas, symphonia e saz, entre outros.
Entre as obras que os Chominciamento di gioia têm recuperado, contam-se “Peccatori e santi”, dedicado ao amor sacro e ao sentimento popular italiano e espanhol do século XIII; “Codex Bamberg” e “Francesco Landini: Ballate”, em parceria com o ensemble vocal "Camerata Nova"; “Futuro Antico”, com Angelo Branduardi, sobre a música sacra e profana da Idade Média; “Farai un vers desconvenent”, dedicado às produções impudicas medievais; “Rosa das Rosas”, sobre o símbolo da rosa na Idade Média; “Istampitte”, que se debruça sobre as danças italianas medievais; e “In vinea mea”, dedicado ao vinho e à vinha na Idade Média”.
(14) Felix vitis (instrumental/leitura) (2:50) “In vinea mea”
(01) Rosa das Rosas (5:35) “Rosa das Rosas”
(05) Alte clamat Epicurus (3:45) “In vinea mea”
(07) Ben pod'as cousas (4:44) “In vinea mea”
(12) La rosa enflorece (5:00) “Rosa das Rosas”
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