domingo, 13 de maio de 2012

60. Emel Mathlouthi (Tunísia) / Ensemble Jehan de Channey (França)

Encantos da Alma (13/05/2012)
1.ª hora: Emel Mathlouthi (Tunísia)
Emel Mathlouthi é uma autora, compositora, guitarrista e cantora nascida em 1982 na Tunísia, que vem trazer um incrível novo estilo de som à música do seu país. Dotada de uma voz marcante, Emel evoca Joan Baez ou as divas libanesas Soeur Marie Keyrouz e Fairouz, com o seu estilo cativante e lírico, deambulando entre um rock poderoso, o trip hop e as sonoridades orientais e do Magrebe.
Emel Mathlouthi começou a sua carreira artística aos 8 anos de idade no palco de um pequeno anfiteatro, nos subúrbios de Tunes, onde viveu até aos 25 anos. Mudou-se, então, para França para prosseguir a sua carreira como cantora e para demonstrar que a Tunísia não é apenas um destino de turismo exótico, mas o local de uma cultura riquíssima e de encontro de saberes planetários de todos os tempos e lugares.
Este ano (2012), Emel Mathlouthi editou “Kelmti Horra”, o seu primeiro registo, cujos textos, em árabe e em inglês, indiciam o surgimento de uma nova cantora de intervenção. A sua paleta de emoções oscila entre o desafio e a melancolia, a contemplação e a euforia, evocando o amor pela pátria e pela liberdade, a atitude e a alegria de viver. Exemplo perfeito e paradigmático é a canção que dá nome ao álbum e que significa “O meu lema é ser livre”, tendo-se tornado num hino à liberdade ao ser adotada pelos revolucionários da “Primavera Árabe” e cantada nas ruas de Tunes.”
(07) Kelmti Horra (6:29)
(09) Hinama (5:29)
(03) Dhalem (3:56)
(02) Ma Lkit (3:57)

2ª Hora: Ensemble Jehan de Channey (França)
“O Ensemble Jehan de Channey, sediado em Avignon (França), dedica-se desde 1982 à interpretação dos repertórios da Idade Média e da Renascença. Quatro anos após a sua fundação, o grupo abriu um ateliê para transmitir o gosto e a ciência da música antiga; em 1987, constituiu um grupo de dançarinos para criar nos seus espetáculos a ambiência medieval ou renascentista. Com várias edições pela De Plein Vent, o Ensemble Jehan de Channey foi, posteriormente, recuperado pelas edições Frémeaux & Associés.
O registo “Moyen-Âge: Chants & Musiques – XIII”, a obra mais significativa do Ensemble Jehan de Channey, reúne dois CDs representativos do interesse da banda pela Idade Média: o primeiro intitula-se “Trouvères et Troubadours du XIII siècle” e o segundo “Cantigas de Santa Maria / Carmina Burana”.
A poesia cantada e declamada em língua d’Oc ou Occitana pelos troubadours do sul do Loire, de Limousin à Aquitânia e de Auvergne à Provença, ocupando todo o centro da França, bem como a poesia cantada na língua d’Oil pelos trouvères do Norte são o alvo do primeiro CD de “Moyen-Âge: Chants & Musiques – XIII”. No segundo CD, o grupo debruça-se sobre As Cantigas de Santa Maria, dedicadas à Virgem, que foram compostas por volta de 1250-80, sob a direção do então rei de Castela, Afonso X, el sábio (1221-1284), bem como sobre a Carmina Burana, uma coletânea de canções datada de cerca de 1300, que continha poesia trovadoresca, sobretudo em latim, editada em 1847 pelo linguista Johan Andreas Schmeller.”
CD 2 (08) Santa Maria Amar (3:38)
CD 1 (10) Lamento di Tristano, Rotta (4:14) 
CD 2 (17) Virent prata hiemata (0:52)   
CD 1 (02) Quinte Estampie Reale (2:13)
CD 2 (11) Santa Maria Stelle do Dia (3:13)
CD 2 (20) Ecce Torpet Probitas (2:06)
CD 2 (03) Cantiga 2 (2:29)

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