domingo, 13 de janeiro de 2013

78. Warsaw Village Band (Polónia) / Sonus (EUA)



Encantos da Alma  (13/01/2013)
1ª hora: Warsaw Village Band (Polónia)
“O grupo Warsaw Village Band (Polónia) editou em 2012 o registo Nord, com a colaboração dos suecos Hedningarna, razão por que os voltamos aqui a destacar. Para além da remix Upmixing” (Jaro 2008) e do disco ao vivo “Live” (Jaro 2010), os Warsaw lançaram mais quatro registos em estúdio: "Hopsasa Classic Polo", (Kamahuk 1998 / Jaro 2005), considerado o álbum folk do ano pelos ouvintes da Radio 3 Polaca e pela Revista Brum; "People's Spring" (Jaro 2001), um álbum extraordinário, vencedor do "BBC World Music Award"; "Uprooting” (2004 Jaro), o melhor álbum folk polaco do ano; e Infinity” (Jaro 2008), em que o grupo, pela primeira vez, apresentava composições não tradicionais.
Os Warsaw Village Band foram constituídos em 1997 por seis jovens músicos que descobriram a magia dos antigos instrumentos e dos antigos estilos vocais, produzindo um tipo de música a que chamam "hardcore folk", uma espécie de bio-techno no estilo "Voz Branca", um canto em forma de grito, usado no passado pelos pastores polacos.
Instrumentos de cordas a soar como trombetas francesas, tambores furiosos, trance, improvisação e elementos da música das raízes são utilizados com entusiasmo e paixão pelos músicos que adoram viajar pela Polónia e pelo mundo para transmitir à sua própria geração os estilos musicais dos antigos. De entre os instrumentos tradicionais que utilizam, saliente-se a quase extinta "Suka", um tipo único de rabeca polaca do séc. XVI, tocada com as unhas. De realçar, ainda, na Warsaw Village Band, a criação de ritmos a partir de dois tambores, o que é muito pouco comum em qualquer tipo de música folk.”
(07) Kolysanka konopna (4:42) “Nord”
(13) Lament (2:30) "Uprooting”
(01) Przyjdz Jasienku (1:24) "Hopsasa Classic Polo"
(02) 1.5 h (6:21) “Infinity”
(03) At my mother’s (4:16) "People's Spring"
(02) Grajo gracyki (3:33) “Nord”

2ª hora: Sonus (EUA)
“Se nos debruçarmos sobre os últimos séculos da Idade Média, concretamente entre XII a XIV, constatamos que a fermentação social e cultural desta época não se pode pôr em paralelo com o imobilismo até então reinante. É certo que, a partir do século X, findas as últimas invasões (muçulmanas, normandas e magiares), a Europa se começa lentamente a transformar; só então a nova mentalidade, a princípio confinada à orla mediterrânica, passa a ocupar o primeiro plano. A língua vulgar começa a ascender à dignidade da escrita, tradicionalmente restrita ao latim; o indivíduo começa a descobrir-se como autor, reivindicando uma voz original. Saímos do reino dos anónimos, dos que apenas julgam transmitir uma herança e entramos no reino dos criadores, dos que deixam assinatura.
Nascendo no seio de uma cultura oral, a expressão da nova atitude na Baixa Idade Média é, naturalmente, poética. A poesia, com as suas rimas, a sua métrica, o seu repertório de expressões, facilita a memorização. Por outro lado, um suporte musical permite realçar certas caraterísticas formais da poesia, enquanto dá tempo à sua fixação e à sua reprodução.
É sobre esta lírica emergente, literária e musical que se debruça o grupo norte-americano Sonus, ensemble formado em 1988 por James Carrier, nos seus registos Chanterai: Music of Medieval France”, “Songs & Dances of the Middle AgeseEchoes of Spain, editados pela Dorian”.
(01) A que por muy gran Fremosa (3:03) “Echoes of Spain”
(09) Muito domostrata (1:57) “Echoes of Spain”
(13) Estampie real (5:07) “Chanterai: Music of Medieval France”
(15) Los set gotx/Cuncti simus (3:28) “Songs & Dances of the Middle Ages”
(12) Stella splendens (2:32) “Songs & Dances of the Middle Ages”
(12) Reis glorios (8:17) “Chanterai: Music of Medieval France”

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