domingo, 10 de março de 2013

85. Najma Akhtar (Inglaterra/Índia) / Ars Antiqua e Schola Cantorum de México (México)



Encantos da Alma  (10/03/2013)
1ª hora: Najma Akhtar (Inglaterra/Índia)
Najma Akhtar ocupa uma posição relevante nos circuitos da world music. Nascida em solo britânico, é filha de imigrantes indianos oriundos do Punjab, região onde há muitos séculos foi adotada uma forma de poesia lírica de origem árabe denominada “ghazal”. Originalmente um poema de amor apenas dirigido à mulher, o “ghazal” tem viajado a bordo de diversos veículos musicais até ao início recente da sua travessia bem sucedida do mercado da música popular, circunstância que tem sido explorada de modo feliz pela cantora.
Najma é dona de uma voz intensa e superlativa que, em sucessivos passes de magia, concilia sobriedade, lirismo e intensidade dramática, levando os espetadores ao êxtase. A sua atitude perante a música tem em vista, não a radicalização do processo evolutivo das canções populares indianas nem a sua ocidentalização, mas a fusão destas com elementos da música moderna ocidental. A ossatura central da música de Najma é indiana, baseada em jogos melódicos e rítmicos, voluptuosos como danças do ventre, entre voz, cítaras e tablas; Najma acrescenta-lhe violinos, saxofones, guitarras e sintetizadores, desenhando, assim, harmonias estranhas e belas em torno da voz exótica e fascinante.
Da discografia de Najma constam oito registos: Ghazals (1986), Qareeb (1987), Atish (1989), Pukar(1992), Forbidden Kiss (1996), Vivid (2003), Fariyaad (2008) e Rishte (2009). Em todos eles, Najma canta e encanta, fazendo da música pura fonte de emoções.”
(05) Pukar (without tabla) (4:21) Pukar
(03) Apne Hathon (5:26)Atish
(03) Pukar (4:39) Pukar
(01) Neend Koyl (6:42) Qareeb

Ars Antiqua, dirigido por Eduardo Arámbula, é um dos raros ensembles que se dedicam à música antiga no México, tendo já granjeado o reconhecimento do público e da crítica internacional. Do repertório do grupo, constam temas da música helénica do século II a.C., música de trovadores e jograis medievais, composições da Carmina Burana original, nubas árabo-andalusas, temas da tradição sefardita, canções e danças do Renascimento e músicas do vice-reinado mexicano.
Schola Cantorum de México, dirigido por Alfredo Mendoza, é um centro de formação coral que se desenvolveu paulatinamente a partir de 1988, em torno de um destacado coro de crianças. Como complemento natural do coro infantil, foram-no integrando sucessivamente um coro de homens (1988) e um coro misto de câmara (1992). Do seu repertório constam polifonias espanholas do Renascimento, música religiosa dos vice-reinados hispano-americanos e, sobretudo, obras de grandes autores europeus como Victoria, Pergolesi, Vivaldi, e Fauré, entre outros.... (mais informações)  
Ars Antiqua e Schola Cantorum de México juntaram-se para realizar em 1993 a primeira gravação no México do Llibre Vermell de Montserrat, um dos mais preciosos códices do século XIV, assim chamado por estar encadernado em veludo vermelho, desde finais do séc. XIX. Trata-se de uma miscelânea religiosa copiada, na sua maior parte, por um só indivíduo, constituído por um programa com as canções dos peregrinos medievais de veneração à Virgem Maria. A interpretação dos grupos é fidedigna e exemplar”.
(05) Los set goyts (5:59)
(06) Cuncti Simus (4:05)

Sem comentários:

Enviar um comentário