domingo, 13 de novembro de 2011

35. Taraf de Haïdouks (Roménia) / Fortuna (Brasil)

Encantos da Alma (13/11/2011)
Destaques:
1.ª Hora: Taraf de Haïdouks (Roménia)
Taraf (que quer dizer agrupamento cigano de constituição variável) de Haïdouks (que significa o marginal que no passado se opunha ao senhor feudal, o símbolo da luta do oprimido contra o opressor) é o colectivo da Roménia mais bem sucedido de sempre. Compõem-no intérpretes de três gerações, segundo a tradição dos “lautari” (músicos de diferentes gerações, da mesma família, reunidos no mesmo grupo) e Portugal teve já a felicidade de os ver actuar ao vivo, em Coimbra e em Sines.
A magia e o tecnicismo impressionante dos Taraf de Haïdouks, com as suas tradições, bênçãos e maldições, tocam fundo nas entranhas da Valáquia. Instrumentos do diabo sobre narrações da vida e dos rituais ciganos resultam em belíssimas baladas de amor e de tristeza e em autênticos monumentos de apelo aos sentidos.
Os Taraf de Haïdouks têm, até à data, sete publicações, editadas pela criteriosa etiqueta belga Crammed Discs: Musique des Tziganes de Roumanie (1991), Honourable Brigands, Magic Horses & Evil Eye (1994), Dumbala Dumba (1998), Band of Gypsies (2001) e Maskarada(2007), para além do DVD The Continuing Adventures of Taraf de Haïdouks (2006) - que inclui um concerto ao vivo no Union Chapel de Londres, documentários, entrevistas, um excerto do filme “Latcho Drom” (onde participam), discografia e fotos, bem como um CD ao vivo com 3 temas nunca antes gravados - e para além de Band of Gypsies 2 (2011), um disco ao vivo com a Kokani Orkestar.”
(14) Suita Maskarada (5:35) (Instrumental / leitura) Maskarada

2.ª Hora: Fortuna (Brasil)
“Cantora, compositora e atriz de origem judaica, Fortuna cresceu em São Paulo (Brasil), ligada à música, à dança e ao teatro. O capítulo decisivo de sua carreira começou a ser escrito a partir de uma viagem a Israel, em 1991. Ao ouvir uma obra do cancioneiro ladino ou judaico-espanhol, Fortuna percebeu ter encontrado a matéria-prima para uma proposta estética única, em que música, dança e dramaturgia convergem na recriação de um riquíssimo legado cultural.
O contacto com a tradição musical ladina dos sefarditas, isto é, dos judeus de Sefarad (o nome hebraico da Península Ibérica), mudaria a vida de Fortuna e daria um novo rumo à sua obra. Começou, então, a encetar um trabalho de pesquisa e investigação das canções medievais que permaneciam praticamente esquecidas. O resultado dessa demanda iluminou a sua trajetória e, nos anos seguintes, gravaria, de forma independente, os seus sete registos: La Prima Vez (1993), Cantigas (1994), Mediterrâneo (1996), Mazal (1999), Cælestia” (gravado com o Coro de Monges Beneditinos do Mosteiro de São Bento, São Paulo) (2001), Encontros” (que para além dos Beneditinos, inclui a participação do Coro do Projeto Guri, formado por crianças e adolescentes de Osasco, São Paulo) (2003) e Novo Mundo(que conta com a participação do intérprete pernambucano António Nóbrega) (2006). Com distribuição na Argentina, Espanha, Israel e Estados Unidos, a discografia de Fortuna soma quase 100 mil cópias vendidas e foi recebendo elogiosas críticas pelas publicações da especialidade, ao longo dos anos.”
(05) Terra (4:32) (Instrumental / leitura) Novo Mundo
(04) No me puso mi madre cosa ninguna (Morocco) (1:23) La Prima Vez
(03) Sefarad (4:03) Mazal
(11) Avram Avinu (3:39) Mazal
(07) Yedei Rashim (3:28) Cælestia
(07) Shemá (1:38) Mediterrâneo
(09) La Serena (Salonika, Greece) (1:23) La Prima Vez

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