domingo, 27 de novembro de 2011

37. Shweta Jhaveri (Índia) / Música Antigua (Espanha) – “As Cantigas em Galaico-Português”

Encantos da Alma (27/11/2011)

Destaques:
1.ª Hora: Shweta Jhaveri (Índia)
“Segundo a tradição hindu, hoje, 27 de Novembro, comemora-se o Dia de Parvati Devi, a esposa de Shiva, o deus supremo. Para celebrar a data, optámos por destacar uma ilustre representante do raga, a música clássica indiana, que assume um papel vital no quotidiano do povo do subcontinente.
Segundo a tradição indiana, o raga tem como fim último, no que é acompanhado por todas as outras artes, a condução do Homem à comunhão com o divino. Para o conseguir, o raga tem de estar em consonância com a ordem universal, o que implica ao seu executante dezenas de anos de aquisição de conhecimentos técnicos e espirituais de grande complexidade, seguindo as directrizes de um guru, o qual recebeu esses ensinamentos e essas revelações da mesma maneira. Só possuindo esses conhecimentos, é possível viver em harmonia com o Universo e interagir com as vibrações cósmicas.
Shweta Jhaveri, do norte da Índia, especializou-se no Drut Khayal, o estilo mais elegante e tecnicamente mais exigente do raga. Bacharel em Literatura e mestre em Composição Musical, Shweta Jhaveri tornou-se, ainda assim, numa das cantoras mais notáveis da sua geração. Começou a destacar-se fora da Índia aos 19 anos e, ao fazer-se acompanhar de guitarra, baixo, violino e bateria, tornou-se na primeira vocalista indiana de música erudita a atuar publicamente com músicos ocidentais, fora da tradição clássica indiana. Deu, assim, um toque moderno, inovador e cativante à música tradicional da Índia”.
(02) To a beloved (9:33) “anãhitã”
(05) Bhajan Raga (12:23) “In Various Moods”

2ª Hora: Música Antigua (Espanha) – “As Cantigas em Galaico-Português”
“No âmbito da MOSTRA ESPANHA 2011, O grupo Música Antigua, sob a direcção de Eduardo Paniagua, vai atuar na próxima quarta-feira, dia 30 de Novembro, no TAGV (Coimbra), para apresentar “As Cantigas em Galaico-Português”.
A designação “Cantigas” foi vulgarmente utilizada nos reinos castelhano e português, até meados do século XV, para se referir, na língua galaico-portuguesa, a uma composição poético-musical sagrada ou profana. De um total de aproximadamente duas mil cantigas galaico-portuguesas da Baixa Idade Média, existentes em vários cancioneiros, infelizmente apenas se conservaram com música as seis obras atribuídas ao jogral de Vigo, Martim Codax, e as pertencentes ao fabuloso espólio conhecido por “Cantigas de Santa Maria”.
A colecção de “Cantigas de Santa Maria” abarca 426 obras dedicadas à Virgem e foram compostas na segunda metade do século XIII, por volta de 1250-80, sob a direcção do então rei de Castela, Afonso X, o sábio (1221-1284). Pela sua coerência temática e formal, pela sua homogeneidade estilística, pelo seu número e até pela beleza dos próprios manuscritos que as contêm (alguns deles com luxuosas miniaturas), esta colecção tornou-se num fenómeno particular na história da música medieval e constitui o cancioneiro com mais variedade de temas acerca da Virgem Maria em toda a Europa”.
(10) CSM 198 Paz entre enemigos (Muitas vezes volv’o demo) (5:49) “Cantigas de Extremadura”
(11) CSM 393 Macar é door a rravia maravillosa e forte (7:19) “Remedios Curativos”
(01) CSM 2 Muito devemos, varões, loar a Santa Maria (7:27) “Cantigas de Toledo”

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