domingo, 29 de janeiro de 2012

46. Huong Thanh (Vietname do Sul) / Mediva (Inglaterra)

Encantos da Alma (29/01/2012)
Destaques 
1.ª Hora: Huong Thanh (Vietname do Sul)
Huong Thanh, uma cantora vietnamita, não é de todo desconhecida nos circuitos da World Music, particularmente nos que se interessam pelas músicas orientais. Filha de um grande intérprete de cai luong (forma de teatro cantado e dançado, criado no Vietname do Sul, em 1916), seria de esperar que os arpejos fluídos da cítara de seis cordas (dàn tranh) ou os acentos melancólicos do monocórdio (dàn bau) lhe fossem familiares e que manifestasse uma inclinação natural para cantar.
Huong Thanh partiu da música tradicional vietnamita, quer fosse proveniente do Norte, do Centro ou do Sul, mas distanciou-se dos puristas, abriu-se à modernidade e criou o seu próprio estilo. Do mesmo modo que os pioneiros vietnamitas provenientes do Norte assimilaram elementos das tradições chinesa e khmer, Huong Thanh, uma vietnamita do Sul que se radicou em Paris em 1977, enriqueceu a sua música com todo o tipo de influências e fundiu as sonoridades orientais com as ocidentais.
Até à data, Huong Thanh editou cinco registos:Moon and Wind (1999), Dragonfly (2001), Mangustao (2004) e Fragile Beauty (2007) para a Act Music e L’Arbre aux Rêves (2011) para a Buda Records. Em todos eles, Huong Thanh abarca uma mistura de estilos, encontros e influências, que vão da música tradicional vietnamita ao jazz.”
(10) The Source (Côi Nguôn) (5:01)Moon and Wind
(06) The Betel Tray (5:22)Dragonfly
(10) Go Cong Blues (3:57)Fragile Beauty
(02) Hò Dôi Dáp Miên Nam (4:27) “L’Arbre aux Rêves”

2ª Hora: Mediva (Inglaterra)
“O ensemble Mediva, liderado pela proeminente inglesa Ann Allen, tem sido um imaginativo grupo medieval que se tem dedicado, sobretudo, à interpretação do repertório dos séculos XII a XV. Surgiu no cenário musical em 1998 com um brilhante concerto no Royal Academy of Music e, a partir daí, passou a enquadrar os principais eventos dedicados à música antiga. Composto por uma mistura eclética de dez intérpretes, o grupo foi criado com a intenção de trazer paixão e vida à música de épocas anteriores e de ir além da sua autenticidade, experimentando-a com o jazz, a improvisação, o teatro e a dança.
Inovação e diversidade são as características principais dos Mediva, alimentadas pela visão criativa e energia de Ann Allen e pelo contributo de cantores e multi-instrumentistas, expoentes nas suas áreas e recrutados em toda a Europa, que actuaram com alguns dos principais grupos medievais, como Alla Francesca, Sarband, Lucidarium e Micrologus. Apresentando uma mistura exótica de instrumentos medievais e árabes, como o oud, saz, shawms, flautas, harpa, saltério, violino e percussão, bem como uma variedade de técnicas do canto para se adequar a cada repertório, os Mediva desenvolveram uma nova forma de executar a música medieval e, ao invés de tentarem recriar o passado, usam a música antiga como fonte de inspiração para um novo som do mundo.
Até à data, os Mediva lançaram três registos: Viva Mediva! (2000 Mediva), em que as sofisticadas polifonias de Itália do século XIV intercalam na perfeição com as Cantigas de Santa Maria e as Cantigas de Amigo do século XIII; Gabriel's Message (2005 Mediva), uma celebração do Advento, que reúne peças dos manuscritos ingleses dos séculos XIII ao XV e que retratam a visita do Anjo Gabriel à Virgem Maria; e Ballare et Danzare (2011 DHDS), uma coleção das músicas de dança na Itália do século XV”.
(03) Edi beo thu hevene quene (5:53)Gabriel's Message
(08) Nota (2:01) “Gabriel's Message”
(05) La Ingrata (3:23) “Ballare et Danzare”
(14) Giloxia (2:41) “Ballare et Danzare”
(03) I’vo’ bene (3:54)Viva Mediva!

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