Encantos da Alma (22/05/2011)
Destaques:
“Rubén González (Cuba), uma das estrelas de “Buena Vista Social Club” – o mais aclamado álbum de World Music de sempre - entrou pela primeira vez em estúdio em 1943 para acompanhar Arsenio Rodriguez, pioneiro do son e um dos históricos da música cubana. Foi, no entanto, necessário esperar mais de meio século pela visita de Nick Gold para que se desse a sua estreia como líder em “Introducing… Rubén González”. O veterano pianista, que Ry Cooder definiu como “um cruzamento de Thelonius Monk e Felix the Cat”, não levou mais de dois dias a gravar esse álbum “ao vivo em estúdio”. Previsivelmente o álbum é uma selecção de “standards” cubanos, incluindo o cha cha cha “La engañadora”, o guaracha “Mandinga” e o bolero “Como siento yo”. Rubén retoma-os com uma mestria prodigiosa, soando ao mesmo tempo espontâneo e virtuoso, resumindo a sabedoria de uma vida inteira dedicada à música com a alegria e a fogosidade de um adolescente.
Três anos depois de “Introducing…”, Rubén González, então com 83 anos, editou “Chanchullo”, o seu segundo álbum para a World Circuit, apostando num regresso aos anos de ouro da música cubana. Acompanhado pela chamada “banda da casa” do Buena Vista e por convidados do prestígio de Ibrahim Ferrer, Eliades Ochoa, do senegalês Cheikh Lô, para além dos inevitáveis Ry Cooder e filho, Rubén González voltou a proporcionar momentos de enlevo e de pura magia. Desses dois discos vamos ouvir 2 temas de cada. No entanto, vamos iniciar o destaque com um clássico de “Buena Vista”.
(01) Chan Chan (4:18) “Buena Vista Social Club”
(01) La engañadora (2:32) “Introducing… Rubén González”
(04) Melodía Del Río (4:42) “Introducing… Rubén González”
(08) El Bodeguero (5:09) “Chanchullo”
(05) Quizás, quizás (2:30) “Chanchullo”
2ª Hora: Judith R. Cohen (Canadá)
“Nascida em Montreal (Canadá), Judith Cohen é de origem judia askhenaz, tanto mais que os seus avós eram provenientes da Lituânia e da Rússia. Etnomusicóloga, medievalista, cantora e educadora de renome, Judith tem feito investigações nas áreas da música sefardita, das tradições musicais dos cripto-judeus em Portugal, do adufe/pandeiro quadrado de ambos os lados da fronteira Portugal/Espanha e da música medieval. Tem, igualmente, trabalhado na investigação da música tradicional dos Balcãs, do romanceiro pan-europeu e das canções em yiddish (idioma dos avós).
Até à data, Judith Cohen editou cinco registos: “Dans mon chemin j'ai rencontré", editado no Canadá com Tamar Ilana, um disco com canções tradicionais sobre percursos e encontros; "Dized', ay! Trobadores" (1994, Tecnosaga), dedicado aos trovadores medievais; “Primavera en Salónica” (1999, Tecnosaga), com canções dos Sephardim e dos seus vizinhos; "Empezar quiero contar” (2000, Pneuma), com romances sefarditas, coplas e temas tradicionais portugueses; e “Sefarad en Diáspora” (Pneuma), de novo com a sua filha Tamar Ilana, um registo que, como o próprio nome indica, se debruça sobre a diáspora sefardita e a sua relação com as culturas com que interagiram.”
(15) Landarico (4:35) “Sefarad en Diáspora”
(04) La comida la mañana (2:47) “Sefarad en Diáspora”
(02) Dror Yiqra (7:51) "Empezar quiero contar”
(06) Suite Usküdara (5:30) “Primavera en Salónica”
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